Quinto maior produtor nacional de suínos, com 214 mil toneladas em 2017, Mato Grosso tem a projeção de ampliar sua produção em 67% até 2028. Os principais desafios para conseguir essa meta são a ampliação do mercado interno e a diversificação dos destinos nas exportações. No Brasil, o consumo médio de carne suína é de 14,7 kg por habitantes, fica atrás de outras proteínas animais como o frango com 42 Kg per capita e a carne bovina com 33,2 Kg per capita.

A carne suína tem um grande potencial de crescimento no mercado interno. Em 2017, o Estado conquistou o recorde histórico registrando 2,89 milhões de cabeças abatidas, sendo que as plantas frigoríficas trabalharam com 75% de sua capacidade.

A indústria mundial da suinocultura continua evoluindo sempre com a meta de utilizar o que há de melhor e mais avançado em técnicas de produção de suínos. De forma geral, a produção se dá em quatro fases. A primeira é a reprodução que é o período onde ocorre a cobertura e gestação das fêmeas e dura cerca de quatro meses. Quando prestes a parirem, as matrizes são transferidas para uma sala de maternidade por cerca de quatro semanas. Nestas instalações, os leitões nascem e são criados em ambiente protegido. Esta é a segunda fase do processo de produção.

Logo depois de desmamados, os leitões são colocados na creche até completarem 10 semanas de vida. E a última fase da produção de suínos é conhecida como crescimento, terminação ou engorda, quando os animais são alimentados até atingirem o peso de mercado. Normalmente, os suínos criados para produção de carne são vendidos entre cinco e seis meses de idade.

A suinocultura é marcada pela evolução de processos de criação que visam principalmente a produtividade e a redução de custos. Toda cadeia produtiva possui um conjunto de matéria-prima que inclui fornecedores, insumos e ainda máquinas e equipamentos que tem o objetivo de resultar em produtos finais que sejam de qualidade. No processo de produção é considerado a genética que é a base da tecnologia, a nutrição e a sanidade. Por outro lado, a criação de suínos é uma atividade empresarial e como tal, depende de mecanismos de gestão, planejamento, avaliação de métodos e processos administrativos.

É importante ressaltar que o crescimento e a terminação são as fases menos preocupantes. Mesmo assim, o suinocultor precisa ter alguns cuidados como ao iniciar esta etapa, os animais apresentem um peso compatível com a idade e boas condições sanitárias. Assim sendo, pode-se dizer que o sucesso nessas fases depende de um bom desempenho na maternidade e na creche.

Dicas importantes

– Manejar as salas de crescimento e terminação segundo o sistema “todos dentro todos fora”, ou seja, entrada e saída de lotes fechados de leitões.

– Alojar os leitões nas baias de crescimento e terminação no dia da saída da creche, mantendo os mesmos grupos formados ou refazer os lotes por tamanho e sexo.

– Manter a temperatura das salas entre 16°C e 18°C, de acordo com a fase de desenvolvimento dos animais, controlando com o uso de termômetro.

– Fornecer aos animais, à vontade, ração de crescimento até os 50 kg de peso vivo e ração de terminação até o abate.

– Dispor de bebedouros de fácil acesso para os animais, com altura, vazão e pressão corretamente regulados.

– Monitorar cada sala de crescimento e terminação pelo menos duas vezes pela manhã e duas pela tarde. O objetivo é observar as condições dos animais, dos bebedouros, comedouros, da ração e da temperatura ambiente.

– Limpar as baias de crescimento e terminação diariamente com pá e vassoura.

– Esvaziar e lavar semanalmente as calhas coletoras de dejetos, mantendo no fundo das mesmas, após a lavagem, uma lâmina de cinco centímetro de água, de preferência reciclada.

– Implementar ações corretivas com a maior brevidade possível, quando for constatada qualquer irregularidade, especialmente problemas sanitários.

– Fazer a venda dos animais para o abate por lote, de acordo com o peso exigido pelo mercado

– Observar o período de retirada de qualquer medicamento em uso antes de enviar os suínos para o abate.

– Não deixar eventuais animais refugo nas instalações.

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