A produção de etanol subiu 384,5% em Mato Grosso em 10 anos e ultrapassou a marca de 4 bilhões de litros em 2021. Levantamento do Sindicato das Indústrias de Fabricação de Álcool (Sindálcool) diz que Mato Grosso ocupa a terceira posição no ranking nacional.
Os dados são referentes ao período de 2012 a 2021. São Paulo e Goiás lideram a produção em primeiro e segundo lugar, respectivamente. O insumo mais usado na produção do combustível é milho, que passou à frente da produção com a cana de açúcar em 2019. A proporção atual está em 3 litros para 1.
“Mato Grosso teve uma mudança na industrialização do setor sucroenergético. Hoje temos ¾ de produção sendo derivado do etanol de milho, e isso foi muito importante não só para a agregação de valor, mas para a produção do etanol basicamente”, explica o presidente do Sindálcool, Silvio Rangel.
Porém, a maior parte da produção é vendida para São Paulo, mesmo com o custo do etanol em relação a outros combustíveis mais em conta. Mato Grosso é o segundo consumidor da própria produção.
Apesar desses números, a quantidade de etanol no mercado local seria quatro vezes acima da demanda.
Conforme o sindicato, o abastecimento com etanol voltou a ser vantajoso no começo de março, após as várias altas nas refinarias entre o fim do ano passado e o deste ano.
A expectativa dos produtores é que o volume de etanol suba em torno de 13% em 2022 e 2023. A nova alta será mantida pelo crescimento na produção de milho no Estado. Cerca de 4,6 bilhões de litros deverão ser ofertados.
