Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) ainda não descartam a possibilidade de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a prática “rotineira” de barriga de aluguel no âmbito do Ministério Público do Estado (MPE). Contudo, aguardam o posicionamento do procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges.
O chefe do MPE deve se reunir com os parlamentares na tarde desta terça-feira (23) para explicar ao Colégio de Líderes quais medidas já foram tomadas para apurar as diversas denúncias levantadas na Justiça pelos militares envolvidos no escândalo das interceptações telefônicas clandestinas, conhecido por Grampolândia Pantaneira.
Uma das vítimas dos grampos ilegais, a deputada Janaina Riva (MDB) foi a primeira a cobrar um posicionamento do procurador-geral. “Tem vários esclarecimentos que os deputados querem saber”, ponderou.
Após a conversa com o procurador, o Colégio de Líderes vai decidir sobre a instauração, ou não, da CPI.
Favorável ao procedimento, Janaina destacou que a CPI dá vantagens aos deputados, como a obtenção de dados sigilosos que, por ofício, não seriam repassados.
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