Algumas das grandes redes de academias em Mato Grosso suspenderam as atividades antes mesmo dos decretos municipais que restringiram as atividades econômicas. A medida foi tomada por colocar a saúde em patamares mais elevados do que a própria economia. No entanto, existem ponderações por parte do próprio setor, quanto à importância de estudar a reabertura das academias de forma gradativa e com apresentação de um plano que garanta a biossegurança. A possibilidade de reativar o segmento surge justamente como um escudo para conter a disseminação do novo coronavírus.
Um dos maiores empresários do segmento Fitness de Mato Grosso, franqueado a rede Smart Fit, Amir Maluf, defende que as grandes marcas do segmento têm preocupação impar em zelar pela segurança e a saúde de seus clientes, pois a política destas empresas é justamente pelo fomento a qualidade de vida, com esta filosofia, as grandes redes mostram maior responsabilidade no enfrentamento a pandemia. “Mesmo em municípios que não tem decreto proibindo o funcionamento das atividades mantemos as academias de portas fechadas, como acontece em Sinop, Rondonópolis e até Chapecó (SC). Só vamos reabrir estas unidades quando os maiores munícipios do Estado entenderem que nosso protocolo é seguro. Acreditamos que de fato seja capaz de manter a segurança biológica, pois no plano estabelecemos as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e adotamos também a cartilha elaborada pela Acad (Associação Brasileira de Academias) juntamente com o Conselho de Educação Física de São Paulo, as entidades construíram o PRA (Procedimento de Reabertura de Academias), já temos plena condição de implantar”, explica o empresário.
O empresário chegou a apresentar a Cartilha ou o PRA ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, no Palácio Alencastro. “Eu fico muito feliz com essa consciência de entender a seriedade do combate a covid-19 e a necessidade de todos juntos fazermos nossa parte”, externou o Prefeito, que não se sentiu pressionado pelo setor, mas ao contrário, entende que a postura do segmento é construtiva ao apresentar possíveis soluções de contenção contra o coronavírus.
Amir Maluf assegurou ao prefeito que as normas do PRA que visam diminuir o risco de contaminação foram adotadas com base no histórico de regiões onde o pico da pandemia já passou e o processo de reabertura das academias já está sendo realizado, como na China e outros locais da Europa. “São inúmeras medidas que se adotadas como regras em todas as academias o setor tem condições de voltar cumprindo seu papel de promoção a vida com excelência, apenas em relação ao álcool gel a estimativa é usar ume média de 5 litros o dia”, define Maluf. Entre os pilares da contenção apresentados no PRA estão à limpeza geral das unidades, a disponibilização de recipientes com álcool em gel a 70% para uso por clientes e colaboradores em todas as áreas da academia recepção, como musculação, peso livre, salas de coletivas, piscina, vestiários, kids room, e etc.
Durante o horário de funcionamento das academias, as unidades seriam fechadas de 1 a 2 vezes ao dia por, pelo menos 30 minutos, para limpeza geral e desinfecção dos ambientes. Posicionar kits de limpeza em pontos estratégicos das áreas de musculação e peso livre, contendo toalhas de papel e produto específico de higienização para que os clientes possam usar nos equipamentos de treino, como colchonetes, halteres e máquinas. No mesmo local, deve haver orientação para descarte imediato das toalhas de papel.
Outras medidas preventivas:
Uso obrigatório de equipamento de proteção individual (Epi´s) para funcionários, personal trainers e terceirizados; máscaras para todos. Recomenda-se ainda medir com termômetro do tipo eletrônico à distância a temperatura de todos os entrantes. Caso seja apontada uma temperatura superior a 37.8 °C recomenda-se não autorizar a entrada da pessoa na academia, incluindo clientes, colaboradores e terceirizados.
“Se algum colaborador apresentar febre alta junto com algum outro sintoma da COVID-19, o fato deve ser informado imediatamente à gerência. E inclui também a limitação da quantidade de clientes que entram na academia, a ocupação simultânea seria de apenas um aluno a cada 4 m². Cabe ainda delimitar com fita o espaço em que cada aluno deve se exercitar nas áreas de peso livre e nas salas de atividades coletivas”, explica o empresário, que destaca como extrema importância o PRA sugerir o congelamento de planos de clientes acima de 60 anos de idade, quando solicitado, pois os mesmos são considerados grupo de risco pelas entidades nacionais e internacionais de controle da pandemia.
O empresário, que atua na região metropolitana com academias da bandeira Smart Fit, possui quase 15 mil alunos e prontamente fechou as unidades até mesmo em Sinop, Rondonópolis e Chapecó (SC), locais sem restrições das atividades. “Não queremos pressionar os gestores públicos quanto à necessidade econômica para reabrir este segmento, mas é nossa responsabilidade apresentar o sério trabalho defendido pelo setor, do qual mantem o foco na promoção a saúde. Levando em consideração o quanto a atividade física pode contribuir com o fortalecimento da imunidade. Ou seja, é uma forma de prevenção contra as doenças, caso os dispositivos de prevenção sejam mantidos”, finaliza Maluf.
AI: Luciana Gaviglia (65) 99253 0622