O desembargador Marcos Machado negou o pedido do chefe de gabinete da Prefeitura de Cuiabá, Antônio Monreal Neto, para conversão da prisão temporária em domiciliar. O acusado está preso no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde terça-feira (19), quando foi deflagrada a operação Capistrum, que resultou no afastamento do chefe do executivo, Emanuel Pinheiro.
Machado não aceitou as alegações do advogado de defesa, Francisco Faid, de que o local tinha problemas estruturais e que não oferecia condições de Monreal Neto ficar isolado dos outros presos. Baseado em um relatório feito pelo diretor do CCC, Isaias Marques de Oliveira, o desembargador argumentou que o acusado está separado conforme o mandado de prisão exigia e que não foram anexados documentos que comprovem o contrário ao pedido da defesa.
Ainda segundo o magistrado, o prazo da prisão temporária expira no domingo (24) e, caso não haja novo pedido, Monreal Neto deve então ser colocado em liberdade.
A operação
Antônio Monreal Neto é o único suspeito preso entre os acusados de montarem um esquema para contratação de servidores “desnecessários” na Secretaria Municipal de Saúde. A ação tinha o objetivo de atender aliados políticos do prefeito Emanuel Pinheiro, que junto com a esposa, Márcia Pinheiro, e integrantes do primeiro escalão foram afastados do cargo e tiveram bens sequestrados.
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