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Presidente da OAB cobra “maturidade” de instituições sobre caso dos grampos

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Presidente da OAB cobra “maturidade” de instituições sobre caso dos grampos

Ednilson Aguiar/O Livre

Lenardo Campos

Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB/MT), Leonardo Campos

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB/MT) – entidade autora da queixa-crime que deu origem à investigação no Tribunal de Justiça do suposto esquema de grampos ilegais no Estado –, Leonardo Campos, cobrou “maturidade” das instituições que vêm conduzindo o caso.

A referência foi ao Poder Executivo e ao Poder Judiciário que, desde a última quarta-feira (20/9), passaram a trocar farpas por meio de seus representantes, entre eles o próprio governador Pedro Taques (PSDB), o presidente da Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam), o juiz José Arimatea, e o desembargador Orlando Perri, relator das investigações.

O “bate-boca” ganhou força com a decisão de Perri, de afastar e determinar o uso de tornozeleira eletrônica ao secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, que, nesta quarta-feira (27/9) foi preso – junto com outras sete pessoas – na operação Esdras, deflagrada pela Polícia Civil.

Em entrevista coletiva, na época do afastamento de Jarbas, Taques classificou a sentença de Perri como “absurda”, “esdrúxula”, “esquisita” e “teratológica”. Acabou sendo rebatido pela Amam que, em nota oficial, defendeu o desembargador e cobrou respeito ao princípio da separação dos Poderes. “Mais ou menos como no dito popular ‘ado, ado, ado, cada um no seu quadrado!’”, dizia trecho do documento.

Leonardo Campos afirmou que a OAB não vai entrar na discussão que se instalou entre as instituições. Pontuou que a Ordem defende a liberdade de expressão e que qualquer pessoa pode comentar decisões judiciais. Ressaltou, todavia, que o meio legítimo para combater a determinação de um juiz, quando se discorda dela, é o devido processo legal.

“O que nós queremos agora é resguardar as investigações, que elas sejam concluídas. Essa apuração sobre a grampolândia já é um patrimônio do povo mato-grossense. As pessoas têm o direito de saber se foram grampeadas, quem grampeou e porque grampeou. Não podemos viver nessa insegurança”, defendeu.

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