Ednilson Aguiar/O Livre
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), afirmou que a Casa não pode fazer nada contra os deputados delatados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) enquanto não houver provas concretas contra eles.
“Não tem nada concreto e praticamente todos os atos foram na legislatura passada. Vou aguardar”, afirmou o deputado entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira. “Só cabe à presidência tomar posição quando chega algo concreto”, disse.
No entanto, se aparecerem provas, ele promete inclusive retirar da Comissão de Ética os membros suspeitos. Nesse caso, Botelho afirmou que a comissão tem autonomia para tocar o processo e se considerar necessário afastar os suspeitos. Depois a comissão dá um parecer pelo arquivamento ou pela continuidade do processo. Se continuar, ele vai para Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois é votado em plenário.
Diversos deputados da legislatura passada foram flagrados em vídeo recebendo dinheiro das mãos do delator Silvio Corrêa, chefe de gabinete de Silval. Desses, ainda são deputados na atual legislatura Baiano Filho (PSDB), Wagner Ramos (PSD), José Domingos Fraga (PSD) e Gilmar Fabris (PSD). Outros foram citados na lista de mensalinho entregue por Silval, embora não apareçam em vídeo.
Dos delatados, fazem parte da Comissão de Ética Pedro Satélite (PSD), acusado de receber mensalinho, Silvano Amaral (PMDB) e Oscar Bezerra (PSB), acusados de extorsão ao filho de Silval, Rodrigo Barbosa, já na atual legislatura. Dos suplentes da comissão, foram delatados Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD), Guilherme Maluf (PSDB) e Romoaldo Junior (PMDB).