O valor chamou atenção do Ministério Público de Contas. São R$ 715,8 mil que a Prefeitura de Rondonópolis (218 km de Cuiabá) gastou com papel toalha e papel higiênico. Os produtos seriam destinados à secretaria de Saúde do município, durante a pandemia de coronavírus.
Mas o valor foi só o começo. De acordo com o MPC, o processo de compra foi realizado sem licitação. Além disso, a empresa – única cotada – está registrada como fornecedora de material de informática.
A investigação apontou que a empresa também apresentou um segundo orçamento, com os preços de referência para os produtos.
Os valores teriam sido extraído da internet, continham indícios de rasura e dificuldade de visualização. E o valor era ainda maior: chegava a R$ 900 mil.
A suspeita é que haja superfaturamento nos preços apresentados, “lesando o erário municipal em tempos de crise sanitária e possível recessão econômica”.
Agora, a gestão do município deve ser notificada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) para explicar os gastos.
A reportagem do LIVRE entrou em contato com a prefeitura, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto para manifestações.
Denúncias
A descoberta da possível fraude é resultado da “Força-tarefa Covid-19”, criada pelo Ministério Público de Contas. A população pode participar dos esforços, caso haja alguma suspeita. As informações podem ser enviadas anonimamente para a Ouvidoria do MPC.