Depois que os hospitais filantrópicos de Cuiabá anunciaram a possibilidade de paralisação na segunda-feira (22), devido à falta de repasses da Secretaria Municipal de Saúde, a Prefeitura de Cuiabá convocou os representantes para reunião. No dia do encontro, porém, cancelou o compromisso e remarcou para esta quarta-feira (24). Conforme o Executivo, a Pasta optou por reunir a equipe técnica para elaborar uma proposta a ser apresentada.
Na semana passada, os diretores das instituições anunciaram a paralisação, alegando que fizeram diversas reuniões com o secretário de Saúde do município, durante meses, e que não houve cumprimento dos pagamentos. Disseram que, desde a assinatura de um novo contrato, em novembro de 2017, a SMS não faz repasses dos incentivos de alguns setores como UTI, maternidade e exames de diagnósticos de câncer.
Conforme informaram, a dúvida da prefeitura com os hospitais seria de quase R$ 3 milhões, sendo divididos entre: R$ 1,5 milhão para o Hospital e Maternidade Santa Helena, referentes à manutenção de porta aberta e honorários dos médicos; R$ 827,2 mil para o Hospital Geral Universitário (HGU), de custeio de UTIs para cirurgias de alta complexidade; e R$ 319,4 mil para o Hospital de Câncer (HCan), de incentivo para custeio dos diagnósticos.
Ao LIVRE, o presidente da Federação das Instituições Filantrópicas e Assistenciais de Saúde de Mato Grosso (Fehosmt), Marcelo Sandrin, confirmou, ainda nesta terça-feira (23), que a reunião havia sido suspensa. Segundo revelou, o prefeito Emanuel Pinheiro pediu que as unidades aguardem, pois ele gostaria de reunir sua equipe técnica para elaborar uma proposta a ser apresentada na reunião.
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Nesta quarta-feira (24), a Prefeitura de Cuiabá confirmou o cancelamento da reunião. O Executivo pontuou que o trabalho técnico já foi realizado e que, ainda hoje, o secretário de saúde, Huark Douglas Corrêa, vai se reunir com representantes dos filantrópicos para apresentar a proposta elaborada.
A prefeitura também informou que os repasses para os hospitais filantrópicos são feitos não apenas pelo poder municipal, mas também estadual e federal, e que o Executivo reconhece o problema e a importância do trabalho das unidades.
