Mato Grosso

Prefeitura de Cáceres inicia distribuição de ivermectina a toda população

Distribuição começou na terça-feira como tratamento preventivo. Em um dia mais de 18 mil comprimidos foram entregues

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Prefeitura de Cáceres inicia distribuição de ivermectina a toda população
(Foto: Divulgação/Gefron)

A Prefeitura de Cáceres iniciou a distribuição de ivermectina a toda a população como forma de combate à covid-19. A entrega no município – que fica a mais de 220 km de Cuiabá – começou a ser feita nesta terça-feira (21).

Segundo a prefeitura, em um dia mais de 9 mil pessoas foram atendidas e mais de 18 mil comprimidos entregues.

Antes de receber os medicamentos, os moradores serão também consultados por médicos, como explica o prefeito Francis Maris (MDB).

A ivermectina será entregue para quem ainda não apresentou sintomas da doença.

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De acordo com prefeitura, a ideia é fazer um tratamento profilático, ou seja, preventivo. “Lembrando sempre que o remédio não vai te blindar de pegar o coronavírus, você não estará imunizado“, explica o prefeito em um vídeo.

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Aos pacientes que já foram diagnosticados haverá distribuição de cloroquina.

Além de Cáceres, outros municípios do Estado já iniciaram a distribuição gratuita de ivermectina e cloroquina no chamado “kit covid”.

Ivermectina é eficaz?

A eficácia (ou não) do medicamento tem sido debatida há algum tempo. Doutora em Bioquímica, Samyra Buzell analisou estudos recentes e afirma: não há eficiência contra a covid-19 comprovada.

“Não dá para a população ingerir e achar que vira o super-homem e está imune”, ela alerta, criticando a distribuição profilática da ivermectina.

A doutora explica que o uso do medicamento tem sido baseado em estudos feitos em cultura de células. Isso quer dizer, que a dose de ivermectina é colocada diretamente no local a ser tratado.

(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Quando se ingere o medicamento via oral, há uma série de barreiras até que ele chegue na corrente sanguínea. Até percorrer esse caminho, boa parte da dose não é absorvida, ou seja, para fazer o efeito que os estudos apontam seria preciso aumentar a dose muito além”, aponta.

Na avaliação da especialista, a distribuição para moradores que não têm sintomas de covid-19 não é interessante.

“Seria recomendado que o remédio fosse entregue somente com prescrição médica para pacientes com sintomas de covid-19”, ela avalia.

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