A Prefeitura de Cuiabá vai abrigar até 120 pessoas em situação de rua em hotel no centro da cidade. Os beneficiários vão entrar em quarentena pelo prazo mínimo de três meses com hospedagem, café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar pagos pela prefeitura. 

O acolhimento começou a ser realizado nesta quinta-feira (23) e, até o fim da manhã, 30 pessoas tinham cadastro pronto para adentrar o hotel. 

“Eles vão entrar no hotel e só sair para ocasiões especiais, como se precisar ir ao médico, ir ao banco ou algum tipo de urgência. O acolhimento não compulsório. Se pessoa pode sair na hora em que quiser, mas, se sair por um motivo sem justificativa, não poderá voltar”, disse Leopoldo Mário Nigro, diretor Comercial da Rede de Hotéis Mato Grosso. 

(Foto: Divulgação) Quarto padrão de hotel alugado pela prefeitura por até 90 dias para receber pessoas em situação de rua

Segundo ele, a prefeitura vai pagar por pessoa instalada no hotel, e o contrato assinado deixa disponíveis 120 vagas. Inicialmente, há acordo fechado para 30 dias, a partir de hoje, e com reserva de mais 60 dias em pré-acordo. 

“As pessoas vão ter café da manhã, almoço, lanche da tarde e janta disponibilizados pelo hotel. Isso vai custar em torno de R$ 110 por dia por cada pessoa abrigada”, explica. 

Público 

A Secretaria de Assistência Social afirma que o aluguel do hotel para acolhimento cumpre medida determinada pelo Ministério Público do Estado (MPE) para atender pessoas em situação de vulnerabilidade. 

“É bom dizer que já fazemos esse trabalho de assistência diariamente. A ida para o hotel está ocorrendo porque não tem mais vagas nos abrigos”, disse a secretário adjunta Hellen Ferreira. 

Ela afirma que o plano de acolhimento vem sendo elaborado pela prefeitura desde a confirmação do primeiro caso da covid-19 em Cuiabá, no dia 13 de abril.  

O público alvo são brasileiros e estrangeiros que estejam sobrevivendo embaixo de pontes e viadutos e em locais de concentração de usuários de drogas. 

“Hoje, começamos a busca pessoas no Beco do Candeeiro e no Morro da Luz. No Morro, sequer pudemos subir para conversar com as pessoas, que estão resistentes a ir para abrigos”, pontuou a adjunta. 

 Segundo a assistente social, as pessoas acolhidas terão serviço de emissão de documento, consulta psicológica e inscrição no Cadastro Único, base de dados do governo federal para auxílio a pessoas em situação vulnerável.

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