Envolvido em mais uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), declarou, na última terça-feira (07), que denúncias fazem parte do Estado democrático de direito e que irá provar na Justiça que não tem nada a ver com os esquemas de corrupção.
No último dia dois, o prefeito, que é ex-deputado estadual, foi um dos alvos da Operação Deja Vú, deflagrada para investigar um suposto esquema de confecção de notas frias para prestação de contas referentes a pagamentos de verbas indenizatórias na Assembleia Legislativa.
“Não tenho nada a ver com isso. Nunca soube disso, nunca recebi nada ilícito, não recebi um centavo, mas eu respeito o trabalho do Ministério Público. As denúncias são para acusar ou inocentar”, destacou.
Além desse caso, em agosto de 2017 foi divulgado um vídeo em que o prefeito aparece guardando nos bolsos do paletó maços de dinheiro que recebia das mãos de Silvio César Correa, ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa.
“O que não pode haver é o prejulgamento. Não temos nada a ver com esse mar de lama, mas fica a mácula, a impressão que houve algo errado, mas isso faz parte da vida pública, quem está na chuva é para se molhar. O tempo dirá”, ponderou o prefeito.
O vídeo, que teve repercussão nacional, fez parte da delação de Silval e Silvio, segundo os quais o dinheiro era de propina para que os então deputados estaduais aprovassem projetos do governo. A denúncia motivou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Municipal de Cuiabá, intitulada de CPI do Paletó, cujos trabalhos estão suspensos por decisão judicial.
A defesa de Emanuel sustenta que o dinheiro dizia respeito ao pagamento de uma dívida do governo com seu irmão Marco Polo de Freitas Pinheiro, o Popó, proprietário do Instituto Mark, que prestava serviços ao Executivo.