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Prefeita não atende professores e Câmara trava pauta em Sinop

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Prefeita não atende professores e Câmara trava pauta em Sinop

Profissionais da educação lotaram a plenária da Câmara de Sinop nesta segunda-feira, 23, para pedir o apoio dos parlamentares em relação a greve. De acordo com a presidente do Sintep Sinop, Maria Aparecida Lopes, a prefeita Rosana Martinelli (PR), estaria totalmente fechada ao diálogo com os profissionais.

“A prefeita está negociando com a imprensa, porque com a gente ela não fala desde o ano passado. É um modus operandi desta administração a judicialização das coisas e a inexistência do diálogo, assim como eles fizeram com o Plano Municipal de Educação”, disse a sindicalista em referência a liminar do Tribunal de Justiça concedida em favor da prefeitura que considerou o movimento ilegal na última sexta-feira (20).

A sindicalista disse ainda que a prova do descaso é que mesmo com a greve iniciada no dia 16 de abril a prefeita marcou a primeira conversa com os servidores no dia 27.

“É interessante como um município que arrecada R$ 1 milhão de reais por dia luta tanto para desqualificar os profissionais da educação que pede aumento de apenas R$ 2 milhões, isso sem falar no ataque aos direitos básicos dos profissionais”, ressalta.

O clima “esquentou” no momento em que o vereador líder da prefeita na casa, Joacir testa (PDT), ligou para Rosana solicitando uma reunião imediata com a categoria e a mesma negou. “A prefeita vai atender somente no dia 27”, disse ele sob vaias.

Mas ainda em defesa da gestora, o parlamentar contesta as informações do sindicato, dizendo que ele mesmo já teria participado de reuniões junto a categoria neste ano com a prefeita.

Após a recusa da reunião o presidente da Câmara Ademir Bortoli, prometeu trancar a pauta para avaliação dos projetos vindos do executivo até que a prefeita receba os servidores. A próxima sessão foi adiada para sexta-feira (27), antes do encontro marcado pela gestora com os grevistas.

“Nós estamos fazendo tudo o que podemos para garantir o diálogo aberto entre os grevistas e a gestão.  É necessário que a prefeita aja com a verdade se for possível atender diga sim, caso contrário diga não e é o que esperamos da Prefeitura”, disse o parlamentar.

A Greve

A greve da Rede Municipal de Ensino foi deliberada no dia 16 de abril e de acordo com o Sintep, a principal cobrança dos profissionais é quanto à redução da jornada de trabalho dos professores e dos técnicos. No dia 19 de abril a desembargadora do TJ, Helena Maria Bezerra Ramos concedeu limiar em sede de antecipação de tutela determinando retorno imediato dos servidores e estipulou multa diária de R$ 10 mil reais e crime de responsabilidade a presidente da sub sede do Sintep em Sinop. Mesmo com a decisão o movimento continua por tempo indeterminado e com a adesão de novas unidades.

Diante dos fatos os grevistas da Educação estiveram na sessão ordinária desta segunda-feira, exigindo dos vereadores apoio ao movimento já que a lei que fala da redução da carga horária dos profissionais da educação foi aprovada pela Câmara na legislatura passada. A Prefeita Rosana Martinelli (PR), em entrevista disse não poder atender as reivindicações da categoria por ter problemas com o limite prudencial do município o que implicaria em Crime de Responsabilidade Fiscal.

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