Consumo

Preços em alta: 2021 deve começar mais caro para os brasileiros

Inflação tem tendência acima da média do governo federal e produtos básicos já começaram a ter correções

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Preços em alta: 2021 deve começar mais caro para os brasileiros
Imagem Ilustrativa (Foto: Ednilson Aguiar / arquivo / O Livre)

O ano de 2021 pode começar mais caro para os brasileiros. A previsão é de inflação acima da média. E a subida dos preços já começou neste ano. O dos alimentos foi o que mais chamou a atenção, mas neste mês a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reativou a bandeira tarifária no patamar mais alto. 

Os próximos da lista devem ser o gás de cozinha e, por tabela, os combustíveis, principalmente o etanol e diesel. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que houve aumento nos preços de sobre produtos que servem de base para cadeia produtiva de soja, milho e carnes, por exemplo. 

Esses aumentos espalharam a inflação e já afetam as projeções para o próximo ano. A pesquisa Focus divulgada na segunda-feira (7) pelo Banco Central traz uma análise de inflação acima do centro do governo federal já neste ano. 

O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 4,21% depois de marcar 3,34% na semana passada. Para 2021, a previsão teve queda, saiu de 3,47% para 3,34%. Porém, o economista da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Hernani Lúcio Pinto de Souza, diz que a meta da inflação depende das atividades internas do Brasil. 

“Existe uma tendência de a inflação subir, considerando que neste ano já temos um patamar acima da meta do governo. Para ela ser controlada, o governo federal precisará fazer a reforma administrativa e reduzir os gastos, ou seja, reorganizar o Estado”, pontuou. 

Orçamento doméstico 

Mas o alerta também é feito para a administração do orçamento doméstico. Segundo o economista, o fim de ano deve servir para famílias planejarem as contas do próximo e buscar deixar os gastos menores que a renda. 

“Não é moda. Planejar as finanças é melhor caminho para se ter um ano equilibrado, independentemente de a renda ser fixa ou variável. É compreensível que algumas pessoas queiram participar das festas de fim de ano ou queira viajar nas férias, mas isso tudo precisa ser pensado para o gasto ser menor que a renda”, disse. 

Hernani Lúcio diz que o Brasil, e outros países, saem de uma recessão forçada pela pandemia, que afetou as finanças das empresas e famílias. O aumento dos preços, que reflete na inflação, faria parte da estratégia das empresas para se manterem na ativa. 

Também podem entrar na lista de itens com aumento preço as mensalidades das escolas, do transporte público, além dos tradicionais impostos de começo de ano como IPVA e IPTU. 

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