O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), adiou a votação das contas de 2015 do governo Pedro Taques (PSDB), que estavam previstas para a noite desta terça-feira (7). Com isso, não houve nenhuma votação relevante na primeira sessão ordinária do ano de 2017.
Botelho afirma que resolveu adiar a votação em razão da ausência de metade dos parlamentares. Ao longo da sessão, 13 deputados passaram pelo plenário – o número mínimo para garantir a votação das contas de governo. Temendo uma manobra da oposição, preferiu esperar a sessão desta quarta-feira (8).
“Não tínhamos número suficiente de deputados para garantir. Havia alguns deputados da oposição e eles poderiam sair do plenário no momento da votação para não dar quórum e impedir que as contas fossem votadas. Como faz parte do processo legislativo a saída do plenário, optamos por não votar hoje. Mas na próxima sessão isso será feito”, disse.
As contas de 2015 estão em poder da deputada Janaina Riva (PMDB), que pediu vistas do documento em sessão no dia 11 de janeiro. Ela apontou algumas falhas nas contas e prometeu votar pela reprovação, mesmo com o parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Entre os problemas elencados por Janaina, estão o estouro do teto de gastos com pessoal e R$ 442 milhões em créditos adicionais sem autorização do Poder Legislativo.
A sessão desta terça-feira também registrou problemas de ordem técnica, como falhas no áudio dos microfones da tribuna e no painel eletrônico, que estava desligado. O painel é novo e está em uso desde janeiro de 2016.
Segundo Botelho, o painel está queimado porque um raio atingiu a fiação do equipamento. Segundo a assessoria da deputada Janaina Riva, o problema no painel foi o motivo de as contas não terem sido devolvidas pela deputada e votadas em plenário.
