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“Por conhecer o Jair Bolsonaro, quem deve paga”, afirma Barbudo sobre denúncias envolvendo filho do presidente eleito

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“Por conhecer o Jair Bolsonaro, quem deve paga”, afirma Barbudo sobre denúncias envolvendo filho do presidente eleito
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

“Por conhecer o Jair Bolsonaro, quem deve paga”, disse o deputado federal mais votado em Mato Grosso, Nelson Barbudo (PSL), sobre as denúncias do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em relação ao deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do próximo presidente.

Barbudo, que é do mesmo partido de Jair e Flávio Bolsonaro, ressaltou que ainda não conversou com o próximo presidente da República sobre as denúncias que apontam supostos “laranjas” do senador eleito.

Nelson Barbudo, contudo, associou o assunto, popularmente conhecido de “laranjais”, ao Partido dos Trabalhadores (PT). “Gostaria de perguntar sobre os laranjais do PT que a mídia não mostra, os milhões da dona Letícia e de tantos outros deputados considerados laranjas”. As declarações de Barbudo ocorreram na segunda-feira (17), dia em que os 35 eleitos por Mato Grosso foram diplomados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Desde a primeira denúncia envolvendo o filho de Bolsonaro, ocorrida no dia 6 deste mês, o deputado estadual e senador eleito pelo Rio de Janeiro não se aprofundou no assunto. Na avaliação de Nelson Barbudo, Flávio deve dar explicações aos cidadãos.

“Eu acho que ele deve se pronunciar sim, como eu acho que todo político deve clareza à sociedade. Mas eu tenho certeza que ele vai se pronunciar, dar uma satisfação para a sociedade”.

Denúncias contra Flávio Bolsonaro

O nome do ex-assessor e ex-motorista do senador eleito, Fabrício Queiroz, aparece no relatório do Coaf, que integrou a investigação da “Operação Furna da Onça”, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.

O documento do Conselho apontou que Queiroz movimentou em uma conta o total de R$ 1.236.838 entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017, o que foi considerado suspeito pelo Conselho.

Na quinta-feira (13) o deputado estadual e senador eleito fez uma publicação nas redes sociais sobre o ex-assessor. “Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor”, escreveu.

Além de Queiroz, Flávio Bolsonaro nomeou em seu gabinete as duas filhas dele, Nathalia Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz. Nathalia também foi funcionária de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, enquanto Evelyn continua como assessora de Flávio.

O deputado e senador eleito também já empregou Márcia Aguiar, mulher de Queiroz. Ela foi substituída pela filha Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim, enteada do ex-assessor e ex-motorista.

Os dados do Coaf mostram que os depósitos em dinheiro vivo feitos na conta de Queiroz coincidem com os dias de pagamentos de salário na Alerj. A conta, segundo dados do COAF, também recebeu valores idênticos através de repasses sem identificação, feitos sempre nas mesmas agências bancárias.

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