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Polícia investiga vazamentos em operações contra Silval

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Polícia investiga vazamentos em operações contra Silval
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

O juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou o compartilhamento de provas das 4ª e 5ª fases da Operação Sodoma com a Corregedoria da Polícia Judiciária Civil (PJC). O objetivo é investigar o possível vazamento de informações durante as investigações conduzidas pela PJC. A decisão é do dia 11 de abril.

“Deste modo, defiro o compartilhamento de provas contidas nestes autos com à Corregedoria Geral de Polícia Judiciária Civil, para fins de instrução do Inquérito Policial nº. 007/2016/CORREGEPOL/MT, determinando que seja mantido sigilo sobre tais informações, às quais somente poderão ter acesso os Delegados de Polícia e os agentes responsáveis pelas investigações, aos quais se impõem a responsabilidade legal (civil e criminal) sobre eventual divulgação de tais informações”, determinou Faleiros.

Na 4ª fase da Sodoma, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou a cobrança de propina da desapropriação da área que deu origem ao bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. O grupo liderado pelo ex-governador Silval Barbosa lucrou R$ 15,8 milhões na desapropriação que custou R$ 31,7 aos cofres estaduais. Cerca de R$ 10 milhões teriam sido destinados para o pagamento de dívidas de campanha do grupo político de Silval.

Além de Silval, nesta fase são réus Pedro Nadaf (ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia), Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, (conhecido como Chico Lima, procurador aposentado), Levi Machado (advogado), Alan Ayoub Malouf (empresário sócio do Buffet Leila Malouf), Antônio Rodrigues Carvalho (sócio da Santorini Empreendimentos, dona da área), Valdir Agostinho Piran (dono da factoring Piran Fomento Mercantil), Afonso Dalberto (ex-presidente do Intermat), João Justino Paes de Barros (ex-presidente da Metamat), Silvio Cesar Correa Araújo (ex-chefe de gabinete de Silval), e Arnaldo Alves de Souza Neto (ex-secretário de Estado de Planejamento).

Fraude em combustíveis da Sinfra
Já na 5ª fase, a última deflagrada até o momento, o MPE denunciou um esquema de fraude e cobrança de propina no gerenciamento e no fornecimento de combustíveis para as patrulhas da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), à época chamada de Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu).

Os desvios teriam sido realizados em contratos com a Marmeleiro Auto Posto e a Saga Comércio e Serviço de Tecnologia e Informática Ltda. O esquema teria dado prejuízos de R$ 8,1 milhões ao Estado.

A principal novidade trazida pelo MPE nesta fase foi a inclusão do advogado e ex-secretário de Estado de Administração Francisco Anis Faiad. Também foram denunciados José de Jesus Nunes Cordeiro (conhecido como Coronel Cordeiro, ex-adjunto da SAD), Silval Barbosa, Cesar Roberto Zilio (ex-secretário de Administração), Silvio Cesar Correa Araújo, Valdísio Juliano Viriato (sócio das empresas), Alaor Alvelos Zeferino de Paula (ex-servidor da Setpu), Pedro Elias Domingos de Mello, Juliano Cezar Volpato (sócio das empresas), Edésio Corrêa (sócio das empresas) e Diego Pereira Marconi (ex-servidor da Setpu).

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