Ednilson Aguiar/O Livre
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva. A operação é mais uma fase, a 13ª, da Operação Ararath, que investiga crimes contra a administração pública estadual.
Os policiais ficaram na casa do ex-deputado até as 7h30 da manhã desta quarta-feira (13) e saíram de lá levando celulares, um computador e documentos específicos.
A Polícia Federal se baseou na delação premiada fechada pelo empresário Avilmar Araújo com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O empresário teria atuado lavando dinheiro desviado da Assembleia Legislativa – em fase anterior da operação ele chegou a dizer que cheques encontrados na casa dele haviam sido “achados no chão” do legislativo.
A Ararath teve início em 2013 a partir de depoimentos do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça. O empresário seria um dos responsáveis por lavar dinheiro desviado dos cofres públicos estaduais e também por emprestar dinheiro ilegal a diversos políticos.
Em 2017, o ex-governador Silval da Cunha Barbosa também fechou acordo de colaboração premiada com a PGR, fornecendo informações sobre os diversos crimes acontecidos durante sua gestão, quando Riva foi presidente do legislativo estadual.
(Atualizada às 11h12)
Ao chegar à Assembléia para depor na “CPI do MPE”, José Riva confirmou a busca. Ele evitou dar detalhes, em função do segredo de Justiça decretado no processo, mas confirmou que tem a ver com a delação do empresário Avilmar.
“A busca foi por causa de uma situação que ele falou e eu não tenho domínio ainda. [A PF apreendeu] documentos da Ararath, algumas coisas que foram apreendidas em outros momentos. A busca foi no meu escritório. Não levaram nada da minha casa”, disse o ex-deputado.