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Polícia Civil indicia cinco por assassinatos em fazenda

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Polícia Civil indicia cinco por assassinatos em fazenda

Divulgação/PJC

Assassinatos no interior

 

A Polícia Civil indiciou cinco pessoas envolvidas no desaparecimento e morte de dois fazendeiros, um vaqueiro e um advogado, ocorridos em 2016. As investigações sobre o caso foram concluídas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, junto com a Delegacia de Chapada dos Guimarães.

Pelos quatro homicídios, foram indiciados Mário da Silva Neto e Thiago Augusto Falcão de Oliveira, que estão presos preventivamente. Além dos assassinatos, eles vão responder ainda por subtração de bens e veículos pertencentes às vítimas, ocultação e destruição de cadáver, falsificação de documentos e associação criminosa. Estes últimos crimes também foram atribuídos a Rodinei Nunes Frazão, 48 anos, Evangelista Matias Sales e João Edgar da Gama.

Os suspeitos estão envolvidos na trama que levou ao assassinato dos fazendeiros Tirço Bueno Prado e o filho Joneslei Bueno Prado, em 9 de maio de 2016. As vítimas eram moradoras de Apucarana (PR) e adquiriram uma propriedade rural no município de Planalto da Serra (256 km ao Sul da Capital), denominada Fazenda “Sapopema”, na estrada que liga o Município a Paranatinga (373 km ao Sul de Cuiabá).

No local, pai e filho foram mortos depois de anunciarem o interesse na venda ou arrendamento da propriedade.

O terceiro assassinato é do vaqueiro Claudinei Pinto Maciel, de 29 anos, no dia 13 de maio de 2016, quando ele foi à fazenda das vítimas para tentar achar uma vaca que tinha fugido da área vizinha à Sapopema.

A quarta vítima é o advogado Sílvio Ricardo Viana Moro, morto no dia 18 de maio de 2016. O corpo foi localizado, decapitado, no dia 19 de julho daquele ano, na Estrada do Lago do Manso, nas proximidades da comunidade Bom Jardim, em Nobres

Conforme a investigação, ele foi assassinado por tomar conhecimento das mortes e não concordar com os supostos planos em forjar o contrato de arrendamento da fazenda da família Prado.

A investigação do desaparecimento dos fazendeiros teve início na Delegacia de Chapada dos Guimarães.

Pai e filho moravam sozinhos no imóvel rural, em uma região isolada, sem sinal para comunicação via telefone. A atividade econômica da propriedade era a pecuária.

Conforme o delegado Diego Alex Martimiano da Silva, inicialmente a escassez de informações para identificar testemunhas foi a maior dificuldade da investigação.

“O local é de difícil acesso. Tivemos dificuldade grande para identificar testemunhas desse crime extremamente complexo. Os corpos foram encontrados carbonizados e nossa maior dificuldade foi no tocante à identificação desses corpos e localização de testemunhas que pudessem ajudar na elucidação”, disse.

Investigação complexa

O delegado Luiz Henrique de Oliveira, Coordenador de Inteligência da Polícia Civil, destacou a complexidade da investigação e os esforços de todos, polícia e perícia, nos esclarecimentos dos crimes, em resposta a angústia das famílias.

“Apesar de toda complexidade dessa investigação foi possível estabelecer com segurança a materialidade dos crimes investigados, possibilitando trazer à tona a verdade dos fatos, fornecendo aos familiares dessas quatro vítimas uma resposta segura sobre a ocorrência dos crimes, todos hediondos, e sua autoria”, afirmou.

Além da Diretoria de Inteligência e da Delegacia de Chapada dos Guimarães, participaram do trabalho operacional as Delegacias de Nobres, Campo Verde e Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis.

(Com informações da Polícia Civil)

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