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Polícia Civil indicia 7 pessoas por morte de advogado

Eles responderão pelos crimes de roubo majorado (concurso de pessoas, roubo de veículo e com resultado morte), corrupção de menores e organização criminosa

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Polícia Civil indicia 7 pessoas por morte de advogado
Foto: Assessoria Polícia Civil de Mato Grosso

A Polícia Civil em Juscimeira (157 km de Cuiabá) indiciou sete pessoas por roubo majorado  (concurso de pessoas, roubo de veículo e com resultado morte), corrupção de menores e organização criminosa pela morte do advogado João Anaides Cabral Netto, 49 anos.

Outras duas pessoas, sendo dois adolescentes, responderão por ato infracional análogo aos crimes de roubo majorado e por integrar organização criminosa.

Dentre os indiciados, dois estão presos preventivamente e cinco estão foragidos, sendo um deles apontado como o responsável pelo planejamento das ações criminosas.

O crime

João Anaides foi morto em 17 de julho deste ano. Segundo as investigações, um grupo invadiu o condomínio de chácaras Flor do Vale, roubou algumas propriedades e na última delas, em que estava a vítima, amarrou as pessoas que estavam na casa.

O advogado João Anaides e mais uma vítima do assalto foram amarradas separadamente em um banheiro. Os suspeitos começaram a subtrair objetos pessoais das vítimas e logo em seguida foi ouvido um disparo de arma de fogo vindo do banheiro.

A vítima que estava trancada no banheiro junto com o advogado relatou que um dos suspeitos arrombou a porta e efetuou um disparo na cabeça de João Anaides. Após o disparo, os criminosos fugiram do local levando duas camionetes, uma delas, do advogado.

Operação Flor do Vale

Em 17 de setembro, a Polícia Civil deflagrou a operação Flor do Vale para prender os suspeitos de envolvimento na morte de João Anaides.

Dentre os alvos dos mandados está um contador de Rondonópolis (212 km de Cuiabá) que ainda está foragido.

De acordo com o delegado Ricardo Franco, as provas produzidas e indícios reunidos no inquérito demonstram a liderança do contador no planejamento e execução de diversos crimes patrimoniais ocorridos na região. Ele planejava, apontava e indicava aos comparsas do grupo criminoso os lugares para executar os roubos, entre eles o que ocorreu no condomínio de chácaras onde três propriedades foram alvos do grupo e em uma o advogado foi morto.

O contador tem uma chácara no mesmo condomínio onde ocorreu o latrocínio e na data ele estava na propriedade, onde aguardava a conclusão do roubo, se passando por vítima.

Um dos criminosos presos durante a operação Flor do Vale é funcionário do contador. A investigação identificou ainda a participação dele, do patrão e de outros dois em outro roubo cometido também contra um advogado, em dezembro do ano passado, quando foi levado um veículo BMW da vítima, em Cuiabá. Na ocasião, o contador estava presente no local do roubo e se passou por vítima.

O delegado informou ainda que no decorrer da apuração para esclarecer o roubo, a Polícia Civil chegou a outros dois crimes cometidos pelo mesmo grupo criminoso. O roubo de um veículo em Cuiabá e outro executado no mês de abril deste ano, em Juscimeira.

“É uma organização criminosa que conseguimos desmantelar, com a identificação de todos os envolvidos e a prisão de alguns deles. Os demais estão com os mandados expedidos e que tentaremos cumprir”, esclareceu o delegado responsável pelas investigações.

(Com Assessoria)

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