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“Plástica Para Todos” diz que não houve erro médico e pedirá anulação de laudo sobre morte de paciente

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“Plástica Para Todos” diz que não houve erro médico e pedirá anulação de laudo sobre morte de paciente
Foto: Reprodução

O Plástica Para Todos, programa responsável pela cirurgia plástica realizada pela jovem Edleia Daniele Ferreira Lira, 33 anos – que morreu após complicações ocorridas depois da cirurgia – pronunciou-se sobre o laudo divulgado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O programa disse que não houve erro médico e pedirá anulação do laudo.

O documento foi divulgado na última terça-feira (12), em uma coletiva na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e apontou que Edleia morreu por causa de um choque hemorrágico, que pode ter sido causado pela retirada de gordura além do recomendável.

A empresa afirmou que recebeu na quarta-feira (13) o laudo enviado pela delegada Alana Cardoso e que ele descartaria a possibilidade de erro médico.

“O laudo do IML, cujo teor, em nossa interpretação, atesta a inocorrência de perfurações de quaisquer órgãos da paciente, atesta a correta evolução contida no prontuário médico, atesta a adequada intervenção na intercorrência médica e inclusive o acolhimento do caso pelo médico assistente e anestesista, não sugerindo qualquer ocorrência de erro médico ou de equipe multidisciplinar”, diz trecho da nota.

Para o “Plástica Para Todos”, o laudo está equivocado quando afirma a ocorrência de choque hemorrágico, visto que não diferencia sangramento de hemorragia e não classifica o nível da hemorragia atestada.

“No campo das evidências, o laudo não aponta o volume e onde se localizou o suposto acúmulo de sangue que justificariam a hemorragia atestada. Na verdade, observou-se que o perito precisou dispender esforço incomum para ensejar a hemorragia no caso concreto, diferentemente do que ocorre habitualmente nos casos de óbito por hemorragia, cuja evidência é clara e facilmente apontada pela perícia”, diz a nota assinada pelo presidente e administrador hospitalar do programa, Bruno Borges Magella.

Com essa afirmação e dizendo que “não existe hemorragia sem sangue”, o programa diz que irá pedir a anulação do laudo e, para isso, conta com a assistência técnica do cirurgião plástico e diretor-técnico do programa João dos Santos Mello, que, segundo a nota, tem mais de 30 anos de experiência médica.

O programa segue afirmando que a cirurgia de Edleia foi realizada absolutamente dentro das normas técnicas da medicina, “seja em relação ao procedimento propriamente dito, seja quanto aos cuidados com a paciente, seja em relação aos registros necessários do corpo clínico e da unidade hospitalar”.

E criticou os “rumores” que têm sido divulgados, visto que o caso ganhou repercussão nacional. Disse, inclusive, que essa “perseguição” seria pela luta do programa pela universalização da cirurgia plástica no Brasil, mas que o Plástica Para Todos é “um caminho sem volta”.

Afirma ainda que os pacientes estão apoiando o programa e que a agenda do médico responsável pela cirurgia de Edleia, Eduardo Santos Montoro, segue lotada.

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