O Partido Liberal (PL) em Mato Grosso terá o desafio de construir palanque para a eventual campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Mesmo com a alta aprovação do eleitorado em 2018, o número de partidos em torno de Bolsonaro é pequeno.
Bolsonaro filiou-se na manhã desta terça-feira (30) ao PL, com discurso dos filiados de que o partido já tem condições de dar a ele estrutura para campanha eleitoral.
Em Mato Grosso, além do próprio PL, apenas o Partido Progressista (PP) declarou apoio a Bolsonaro para o próximo ano. Os progressistas estão dentre os grupos políticos com maior número de comando de Ministérios. O destaque é o presidente do PP e ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Tabuleiro no Estado
Na Assembleia Legislativa, a sigla tem um representante, o deputado Paulo Araújo. O PL não tem nenhum nome. Hoje, o presidente dos liberais em Mato Grosso, senador Wellington Fagundes, confirmou a filiação do deputado estadual Elizeu Nascimento (PSL).
A contar pela simpatia ao governo de Bolsonaro e pela filiação ao PSL, tendem a seguir o mesmo caminho delegado Claudinei, Gilberto Cattani e Ulysses Moraes.
As maiores bancadas são de partidos que articulam candidatura própria ou afirmam que vão optar por candidatos de terceira via para a Presidência. São casos de MDB, PSDB, DEM.
E mesmo dentro dos partidos declarados apoiadores de Bolsonaro não há consenso de todos filiados fazer campanha para o presidente. A divergência foi ressaltada na semana passada pelo empresário do agronegócio, Blairo Maggi, filiado de peso do PP.
Se sair para a campanha de reeleição ao governo de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) pode puxar políticos para o palanque de Bolsonaro – ele tem hoje apoio de 20 dos 24 deputados.
O governador começou a agir de modo a garantir apoio de Bolsonaro para sua eventual campanha há alguns meses. Mas seu partido (União Brasil) também cogita lançar um candidato à Presidência.
Políticos no Congresso
No cenário federal, a situação é semelhante. Nelson Barbudo, a caminho do PL, Neri Geller, presidente estadual do PP, e José Medeiros (Podemos) devem fazer campanha a Bolsonaro.
Medeiros tenta trabalho paralelo ao do PL, com a candidatura de Odílio Balbinotti Filho. Os outros cinco deputados federais estão em partidos que buscam terceira via.
No Senado, Carlos Fávaro (PSD) trabalhará pela campanha de Rodrigo Pacheco e Jayme Campos (DEM) também aguarda definição do União Brasil.