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PF diz que quatro secretários de Cuiabá participavam de esquema de R$ 45 milhões

Gestores e servidores teriam prolongado contratos emergenciais para beneficiar quatro empresas de um mesmo grupo

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PF diz que quatro secretários de Cuiabá participavam de esquema de R$ 45 milhões
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Investigações da Policia Federal na Operação Curare implicam quatro secretários da Prefeitura de Cuiabá em suposto esquema de corrupção com direcionamento de contratos sem licitação desde 2019. 

Além dos secretários afastados, Célio Rodrigues de Silva (Saúde) e Alexandre Beloto (interino de Gestão), são citados no inquérito o ex-secretário Luiz Antônio Pôssas de Carvalho (Saúde) e o ex-diretor da Empresa Cuiabana de Saúde, Antônio Kato. 

Eles fariam parte de um grupo que prolongava contratações temporárias de empresas para beneficiar seus participantes. Com o esquema, o grupo teria recebido R$ 45 milhões da prefeitura. 

Também são citados na investigação os servidores de segundo escalão: Felipe de Medeiros Costa Santos, Hellen Cristina da Silva e Mhayanne Escobar Bueno Beltrão Cabral. 

Operação do esquema 

A Polícia Federal afirma que quatro empresas receberam os R$ 45 milhões via contratos emergenciais, autorizados pelo governo federal no começo do ano passado. O dinheiro era destinado a acelerar a prestação de serviços na pandemia.  

Parte do valor teria vindo do Ministério da Saúde para o município como verba extra para a Saúde. 

Os contratos teriam sido autorizados pela Empresa Cuiabana de Saúde, na época administrada por Célio Rodrigues da Silva, hoje afastado como secretário de Saúde, e por Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, então titular de Saúde. 

O que os investigadores descobriram foi que as empresas escolhidas participavam de um mesmo grupo. Elas supostamente se alternavam entre si para a oferta de preço mais baixo, na cotação de serviços. 

São citados pela Polícia Federal pagamentos a Ultramed Serviços Mécidos e Hospitalares (R$ 16 milhões); Hipermed Serviços Médicos Hospitalares (R$ 11 milhões); Douglas Castro-ME (R$ 10 milhões); e Smallmed Serviços Médicos e Hospitalares (R$ 8 milhões). 

O que diz a Prefeitura?

Em nota, a Prefeitura de Cuiabá afirmou que “o prefeito Emanuel Pinheiro é o principal interessado na elucidação de toda e qualquer investigação e vai acatar as determinações judiciais”. Disse ainda que “a gestão preza pela transparência e se coloca a inteira disposição da Justiça”.

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