A principal estatal do Brasil, a Petrobras, emitiu um comunicado informando que ao menos treze projetos não serão patrocinados neste ano.
Segundo a rádio CBN, a tradicional Mostra de Cinema de São Paulo , o Festival do Rio, o Anima Mundi e o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro são os principais eventos que serão afetados sobre a nova orientação
O produtor cultural Henrique Rocha, diretor geral do Festival de Brasília em 2017 e em 2018, diz que o corte enfraquece a produção dos eventos:
“O que eu imagino é que a gente vai ter um ano de míngua. A gente corre um risco muito grande de interromper projetos continuados, que têm uma longa tradição, que têm muita importância, que têm um público imenso e que podem, simplesmente, serem realizados ou de forma pífia ou nem serem viabilizados.”
O fim dos contratos está ligado à orientação da nova diretoria, que já mandou revisar todos os programas de patrocínio. No documento, a Petrobras diz que o estudo ainda está em fase inicial. Numa audiência na Comissão de Cultura na semana passada, o gerente de patrocínios da empresa, Diego Pila, afirmou que a estatal só vai honrar os contratos vigentes:
“A gente não está fazendo nenhuma renovação de patrocínio de cultura e esporte, em qualquer área. A gente não teve nem que ter critérios para fazer o corte, foi geral. A gente tinha lançado uma seleção pública na área de música em dezembro do ano passado e esse é o único patrocínio novo que está sendo feito, tanto para cultura, como para esporte.”
No mundo da música perderem a verba os eventos Prêmio da Música Brasileira, Casa do Choro do Rio de Janeiro e o Clube do Choro de Brasília.
No teatro, a Petrobras também cortou o patrocínio do Teatro Poeira, no Rio de Janeiro, além do Festival Porto Alegre em Cena e do Festival de Curitiba, que receberam recursos pela última vez em 2017. O corte também atingiu o Festival de Cinema de Vitória, o CineArte, na Avenida Paulista e a Sessão Vitrine, um projeto que fazia a distribuição de filmes nacionais em cinemas de 21 cidades.