Na sexta-feira (19) foram registrados mais três casos de Peste Suína Clássica (PSC), no Brasil. Esse é o quarto episódio notificado desde que o ministro Blairo Maggi gravou um vídeo alertando sobre o surto que estava ocorrendo em países da Europa, Ásia e África. Desta vez, os eventos foram observados nos municípios de Groaíras, Santa Quitéria e Varjota, todos no Ceará.

O primeiro foco da doença no Brasil, desde a publicação do vídeo, foi registrado no dia 6 de outubro. O caso ocorreu em uma propriedade de criação familiar de subsistência, localizada no interior do Ceará, no município de Forquilha. Vale ressaltar que essa pecuária de subsistência não possuía vínculos com estabelecimentos comerciais ou de reprodução de suínos.

Os outros três casos foram divulgados nesta semana pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará – Adagri. De acordo com a publicação feita no site da entidade, “os focos estão sendo saneados com o objetivo de controlar e erradicar o agente da PSC o mais rápido possível, evitando a disseminação da doença e reduzindo ao máximo as perdas produtivas e econômicas decorrentes”.

Na quarta-feira (17), a agência divulgou que desde 27 de setembro uma força tarefa tem sido realizada. Isso porque foram notificados sobre a existência de mortalidade de suínos no distrito de Mulungu, em Forquilha (CE). Desde então, “vem tomando as medidas e adotando os procedimentos apropriados, colocando todo o seu efetivo técnico para tratar do caso”. Segundo a publicação, após a comprovação da existência da peste suína clássica, cerca de 20 técnicos passaram a trabalhar diretamente no local, fazendo inspeções, colhendo amostras e fornecendo orientação aos produtores da área abrangida pela doença.

Desde 2010 a PSC havia sido erradicada no Brasil. Sendo que no ano anterior foram registrados 18 focos em todo território nacional. Todos os casos aconteceram no norte do país, nos estados do Amapá, Pará, e Rio Grande do Norte. Sendo que a maior quantidade ocorreu no Rio Grande do Norte, com 12 casos.

Peste Suína Clássica

Essa doença é causada por um vírus altamente contagioso. É caracterizado por causar febre alta, lesões avermelhadas na pele e, alta mortalidade nos porcos e javalis. Não é prejudicial à saúde humana, mas pode acabar com todo o rebanho suíno do país, caso não seja controlado. Já que não há uma vacina ou tratamento específico para o quadro.

Na forma aguda, o animal contaminado pelo vírus, tem febre alta, lesões avermelhadas na pele e extremidades (orelhas, membros, focinho e cauda), falta de apetite e fraqueza, conjuntivite, alta mortalidade podendo ocorrer entre 5 a 14 dias após a infecção, além dos animais ficarem amontoados.

Na forma crônica, o suíno fica com o apetite irregular, tem febre, diarreia, problemas reprodutivos (aborto, natimorto, e repetição de cio), ocorre nascimento de leitões fracos e debilitados, retardo no crescimento, por fim, apresenta uma melhora, mas logo sofre uma recaída e morre.

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