Desde dividir a conta no primeiro encontro a comprar um presente de aniversário para o crush, falar sobre dinheiro no Brasil é sempre um grande tabu. Pesquisa realizada pelo Badoo, um aplicativo de relacionamentos, mostrou como as pessoas realmente se sentem sobre o assunto.
Apesar de 78% dos entrevistados acreditarem que a compatibilidade financeira é um bom indicativo para um relacionamento de sucesso, 72% acham grosseiro falar sobre finanças pessoais no primeiro encontro.
Com a possibilidade de retomada dos encontros presenciais ficando mais próxima, a questão de “quem vai pagar a conta” volta à tona. 87% dos entrevistados assumiram que a pandemia prejudicou suas finanças pessoais e muitos estão preocupados em como abordar o tema.
Quando se trata do primeiro encontro, 36% dos brasileiros estão dispostos a investir e gastar mais de R$ 200. Na hora de pagar a conta, 29% preferem já dividir o valor sem a necessidade que um dos dois se ofereça para pagar o valor total.
Não é nenhuma surpresa que falar sobre dinheiro nos encontros cause desconforto, porém a estabilidade financeira se tornou um critério chave quando se trata de relacionamentos.
A pesquisa também mostrou que compatibilidade financeira é importante, com 64% buscando por um parceiro que tenha os mesmos objetivos.
Com dinheiro sendo um tema tão importante, faz sentido ter conversas honestas sobre o tema desde o começo. 38% dos entrevistados acreditam que ser honesto sobre suas finanças pode ser um bom indicativo para um relacionamento de sucesso. Mas é importante dosar. 73% disseram que falar muito sobre dinheiro no primeiro encontro pode deixá-los desconfortáveis.
E quem já tem um relacionamento?
A conversa sobre dinheiro pode ser um campo minado também em relacionamentos já estabelecidos. De viagens de férias a presentes de aniversário, pode ser difícil entrar em um acordo. Quando se trata de gastos domésticos, por exemplo, 48% dos entrevistados acreditam que as finanças devem ser compartilhadas e todas as despesas diárias devem ser retiradas desse fundo, enquanto 13% acham que quem ganha mais deve pagar mais.
Para ser mais transparente quanto aos gastos em seu próximo relacionamento, 55% dos participantes estariam abertos a definir um orçamento conjunto para despesas e gastos supérfluos, 33% discutiriam como lidaram com as finanças em relacionamentos anteriores e 26% estariam dispostos a compartilhar seus salários e economias.
“Mesmo depois de uma pandemia em que as finanças passaram a ser uma grande preocupação para muitos de nós, o assunto dinheiro ainda é desconfortável. Adicione os dilemas dos encontros pós-pandemia, desde quem paga a conta até se os encontros virtuais ainda estão valendo, e é uma receita para algumas conversas bastante estranhas. Eu sou uma grande defensora da honestidade financeira e acredito que agora ela é mais necessária do que nunca”, diz a especialista em finanças Alice Tapper.