Mato Grosso

Publicitário cria ferramenta que facilita apelidar a Câmara de “Casa dos Horrores”

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Publicitário cria ferramenta que facilita apelidar a Câmara de “Casa dos Horrores”
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O apelido da Câmara Municipal de Cuiabá, de “Casa dos Horrores”, pode agora ser “eternizado” na internet. Isso porque um plugin (extensão para navegadores de internet) foi desenvolvido para que, durante as pesquisas em sites, o nome da Casa de Leis seja substituído automaticamente pelo codinome famoso.

A ferramenta foi criada pelo publicitário Fred Fagundes e já está disponível para que os internautas a utilizem. O plugin pode ser baixado no link: https://nesse.link/casadoshorrores. Outra opção é baixar pela loja de extensão do Google, bastando para isso pesquisar por Câmara de Cuiabá.

O objetivo da Câmara Municipal de Cuiabá de proibir que os veículos de comunicação, seja site, jornal impresso, revista, rádio ou televisão, utilizem o termo “Casa dos Horrores”, para se referir ao Legislativo Municipal, foi o que estimulou a criação do plugin.

Nas redes sociais, Fred disse que a ferramenta ajuda os jornalistas. “Mesmo os veículos atendendo a notificação da Câmara, a população continuará lendo o apelido tão identificado com o órgão no seu navegador”.

O publicitário ainda comenta: “afinal, é uma regra da 5ª Série: não é proibindo ou demonstrando raiva que vão parar de te chamar por um apelido inconveniente. Mas, sim, tomando atitudes para que outro fato torne-se relevante, até que sua imagem seja relacionada a ele”.

O Legislativo ameaça acionar na Justiça Estadual o veículo de comunicação que não atender a notificação. Na tentativa de justificar o ato, o procurador-geral da Câmara, Lenine Póvoas, afirmou que não se trata de “censura”, uma vez que a liberdade de expressão não é direito absoluto. Ele ainda acusou a imprensa de criminalizar a política e incentivar o desinteresse da população ao utilizar o “apelido”.

A adjetivação foi criada por um jornalista de Cuiabá, mas se popularizou ao ser utilizada pelo promotor de Justiça Célio Fúrio, em uma ação contra o ex-presidente do Legislativo, Júlio Pinheiro (já falecido).

As notificações, considerada pelo O Livre como tentativa de censura, para que a imprensa não utilize o termo e assim a imagem da Câmara seja melhorada começaram a ser enviadas no início desta semana. O Livre recebeu o documento na terça-feira (03) passada.

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