Pesquisa realizada pela consultoria XP Investimentos sobre as eleições presidências deste ano, com base na avaliação de investidores institucionais, aponta que a Bolsa de Valores deve avançar em relação ao patamar atual com eventuais vitórias de Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).
Embora 49% dos investidores entrevistados acredite que Bolsonaro deve ganhar as eleições deste ano, os melhores índices para a Bolsa de Valores foram apontados em caso de vitória do tucano Geraldo Alckmin.
Pelo levantamento, 95% dos entrevistados acredita a Bolsa ficaria acima de 85 mil pontos e 63% destes enxerga uma alta de ao menos 20% no índice, que hoje é 72 mil pontos. Apenas 5% acredita em estabilidade ou queda do Ibovespa com Alckmin vencendo as eleições. Atualmente, está em aproximadamente 75 mil pontos.
No caso de vitória de Bolsonaro, 62% aponta um desfecho positivo para Bolsa, sendo que 23% acredita que o índice ficaria acima de 85 mil pontos. Já no caso da ex-senadora Marina Silva, 60% aponta que o patamar do Ibovespa subiria, enquanto 27% acreditam em uma queda do índice e o restante aponta para a estabilidade.
Queda
Se por um lado a vitória dos pré-candidatos citados acima poderia repercutir em bons resultados na bolsa, com uma possível vitória do petista Fernando Haddad (PT) ou de Ciro Gomes (PDT), ambos associados à esquerda, os investidores se mostram pessimistas.
Numa eventual vitória do petista, 92% dos entrevistados acredita que a Bolsa recuaria em relação ao patamar atual, sendo que 73% aponta que o Ibovespa cairia para abaixo de 60 mil pontos e 32% que o índice ficaria abaixo de 50 mil pontos, o que representaria cerca de 30% de queda. Apenas 2% acredita em uma alta do índice com Haddad vencendo.
No cenário em que Ciro Gomes é eleito presidente, 95% dos entrevistados disse que o Ibovespa recuaria, em relação ao patamar atual. Para mais de 38% o índice ficara abaixo de 50 mil pontos. Apenas 5% acredita em estabilidade ou alta do índice com a vitória de Ciro Gomes.
A sondagem, realizada entre os dias 2 e 3 de julho, ouviu 146 investidores institucionais, entre eles gestores de recursos, economistas, consultorias. (Com informações Revista Exame)