Os peritos oficiais criminais de Mato Grosso estão afirmando que o laudo apresentado pelo delegado Chistian Cabral, da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), sobre o atropelamento que vitimou o verdureiro Francisco Lúcio Maia, 48 anos, feito por uma empresa privada, é plágio.
A classe convocou uma coletiva nesta segunda-feira (11) para apresentar as possíveis provas de que o parecer técnico sobre a velocidade do veículo solicitado pelo delegado foi plagiado.
“Vale destacar que plágio é considerado crime, com diversas especificações na legislação brasileira”, diz trecho da nota enviada pelos peritos.
O sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso já havia divulgado uma nota na quinta-feira (08) criticando a postura do delegado Christian Cabral, responsável pelo caso do atropelamento do verdureiro.
Segundo eles, o delegado divulgou à mídia que a perícia oficial da Politec havia afirmado que o carro da médica Letícia Bortolini, 37 anos, estava a 30 km/h, porém, esta seria a velocidade mínima do veículo, não a velocidade exata. E o laudo do perito Laércio D’ávila da Silva teria sido “cristalino no sentido de definir a impossibilidade de se chegar a um quantitativo de velocidade do veículo, face à grande carência de vestígios técnicos encontrados no local no momento dos exames periciais”, diz trecho da nota.
Um dia depois da nota do sindicato ser veiculada, na sexta-feira (08), o delegado Christian Cabral divulgou uma nova perícia, feita, desta vez, pela empresa particular Forense Lab.
O estudo foi pedido pela Deletran e, utilizando imagens de câmeras de segurança de comércios próximos ao acidente, concluiu que o Jeep Compass conduzido pela médica Letícia Bortolini estava a mais de 95 km/h no momento do atropelamento do verdureiro.
Outro lado
A reportagem tentou, mas ainda não conseguiu falar com o delegado Christian Cabral na manhã desta segunda-feira (11), sobre o caso.
