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Performance teatral toma as ruas de Cuiabá e questiona: “quem controla a justiça?”

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Performance teatral toma as ruas de Cuiabá e questiona: “quem controla a justiça?”
Foto: Pedro Duarte

Uma figura feminina de olhos vendados segura uma balança e uma espada, com o controle para discernir um melhor juízo das coisas. A Justiça, personagem considerada indispensável para o enredo da democracia, é colocada nas ruas de Cuiabá em “A Justiça Dos Poderes A Mim Conferidos”, intervenção urbana do grupo Theatro Fúria, realizada em parceria com o coletivo Coma a Fronteira.

“A justiça tem muitas facetas e, na maioria delas, é vista como um ser incorruptível. A questão é que o acesso a ela está associado a um sistema gigantesco, marcado por pessoas, leis e burocracias. Todo esse sistema consegue fazer com que a justiça caminhe conforme caminham aqueles que conseguem se apropriar dele. Quem controla a justiça?”, questiona a perfomance de Carolina Argenta, Péricles Anarckos e Caio Ribeiro.

A Praça da Mandioca será palco da próxima apresentação, que ocorre no dia 29 de junho, sábado, às 22h. No Centro Histórico da capital, o local possui centenários de tradição em intervenções artísticas e culturais, de abrigo de experimentações do teatro contemporâneo a expressões populares, como o carnaval. Desta vez, a intervenção acontece no Leviana Bar.

“Uma intervenção urbana é a intervenção no cotidiano da uma cidade. Algo que existe para causar estranhamento, com o intuito de provocar a reflexão aos frequentadores do espaço. É uma maneira de fazer a cidade respirar, propondo uma ação, movimento ou manifestação num espaço onde geralmente as pessoas apenas repetem uma rotina”, explicam os artistas.

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Foto: Pedro Duarte

Estudo criativo

As pesquisas que resultaram em “A Justiça Dos Poderes A Mim Conferidos” começaram em 2016, a partir de um intercâmbio entre os grupos Theatro Fúria e Cia Aqueles Dois. No mesmo ano, a performance estreou no Revirado Cênico do Palco Giratório e, em 2017, foi apresentada no Festival de Monólogos e Breves Cenas de Vilhena.

Desde então, a peça tem sido ponto de partida de experimentações do Theatro Fúria que hoje investiga, juntamente com o artista Caio Ribeiro, integrante do Coma a Fronteira, o arquétipo da justiça em suas mais variadas formas e culturas.

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