No final do ano, tal como um político populista ou, simplesmente, um político, nós prometemos, prometemos e prometemos – sem levar em conta o que é possível.
O ano é novo, só que nós ainda somos os mesmos.
Para quem acredita em pular ondas, tenho certeza de que até o final de fevereiro quase todas essas promessas morrerão na praia, infelizmente.
É mais fácil cumprir promessas quando em menor quantidade, certo?
Mais fácil ainda quando o desafio é gradual, certo?
Mas por que insistimos em passos de gigantes?
É porque desprezamos as pequenas coisas. É porque queremos as coisas no nosso tempo, só que o mundo é regido de outra forma. É porque tudo que é grande, outrora, foi pequeno e foi crescendo aos poucos.
Eu fui convidado a pensar na minha palavra para este ano. No instante do convide a palavra já estava cristalina na minha frente: constância.
É através da constância que se percorre longas distâncias. É através do amor pelas pequenas coisas que se aproveita o caminho.
Por fim, leia com atenção o que disse São Josemaria Escrivá:
“Viste como levantaram aquele edifício de grandeza imponente? – Um tijolo, e outro. Milhares. Mas um a um. – E sacos de cimento, um a um. E blocos de pedra, que são bem pouco ante a mole do conjunto. – E pedaços de ferro. – E operários trabalhando, dia após dia, as mesmas horas…
Viste como levantaram aquele edifício de grandeza imponente? … À força de pequenas coisas.”