Eleições 2018

Pelo padrão do eleitorado, Jayme precisa que Sachetti esteja fora da disputa

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Pelo padrão do eleitorado, Jayme precisa que Sachetti esteja fora da disputa
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Política é razão e não emoção. Com este pensamento estaria sendo traçada a estratégia do DEM para garantir uma vaga no Senado para Jayme Campos nas eleições deste ano. Disputada de quatro em quatro anos, apenas a cada oito anos são duas cadeiras disponíveis para senador. Em Mato Grosso, desde 2002, o eleitorado tem seguido um padrão: elege um representante do agronegócio e outro em voto de protesto.

Em 2002, dois ex-governadores, sendo eles Dante de Oliveira (já falecido) e Carlos Bezerra (MDB), foram derrotados nas urnas por Jonas Pinheiro (já falecido), representante do agro, e Serys Slhessarenko (PRB), voto de protesto. Em 2010, o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) e o ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), perderam para Blairo Maggi (PP), representante do agro, e Pedro Taques (PSDB), voto de protesto.

Neste ano, novamente com duas vagas disponíveis para o Senado, Mato Grosso conta com pelo menos sete pré-candidatos. No grupo que apoia a pré-candidatura de Mauro Mendes (DEM) ao Governo do Estado tem, além do ex-senador Jayme Campos, o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) e o deputado federal Adilton Sachetti (PRB).

No arco de alianças da possível candidatura do governador Pedro Taques (PSDB) à reeleição, são pré-candidatos a senador o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e a juíza aposentada Selma Arruda (PSL). Já na chapa do provável candidato ao Governo Wellington Fagundes (PR), provavelmente disputarão o Senado José Medeiros (PODE), que vai à reeleição, e a ex-reitora da UFMT Maria Lucia Cavalli (PCdoB).

A leitura do cenário que tem sido feita nos bastidores é de que Jayme Campos, cujo grupo ainda conta com três nomes para apenas duas vagas, quer que o segundo voto seja disputado por Carlos Fávaro.

Isso porque, acredita-se que Sachetti teria os mesmos de Jonas Pinheiro (em 2002) e Blairo Maggi (em 2010), eleitos como representantes do agro e o voto de protesto seria na juíza aposentada Selma Arruda, cenário que acabaria deixando Jayme Campos no rol dos políticos derrotados.

Dessa forma, a ideia do ex-senador seria ter Fávaro ao seu lado na disputa, uma vez que seria um representante do agronegócio que não tem o domínio do setor, e trazer para sua chapa como suplente alguém ligado a Blairo Maggi ou até mesmo o próprio Sachetti, agregando assim, ao seu nome, os votos do agronegócio – que não tem.

Disputa ao Senado

Cada Estado tem três cadeiras disponíveis no Senado, cujo mandato é de oito anos. Numa eleição geral são eleitos dois senadores e no pleito seguinte, apenas um. Em 2006, Mato Grosso elegeu Jayme Campos e em 2014, Wellington Fagundes (PR).

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