Ednilson Aguiar/O Livre
Governador Pedro Taques, no programa Estúdio Livre: contra a “indústria da delação”
Em entrevista ao programa Estúdio Livre, transmitido pela TV Cidade Verde e a Band FM, o governador Pedro Taques disse que vem se reunindo com os representantes dos poderes para que as operações contra a corrupção não paralisem Mato Grosso.
Segundo ele afirmou na entrevista, Mato Grosso é “maior que a corrupção e não pode parar”. “Temos que tocar o Estado. Não podemos ter como pauta a delação do ex-governador Silval Barbosa”, defendeu.
Citado quatro vezes na delação do ex-governador, Taques disse considerar o instrumento da delação com o “importantíssimo”, mas defendeu a necessidade de um debate mais amplo.
“Temos que entender que existem delações com o objetivo de firmar negociações, e outras com o objetivo de trazer culpa a quem não tem, por vingança ou inimizade”, declarou.
O governador lembrou exemplos registrados na Itália, onde se constatou a existência do que chamou de “indústria da delação”.
“Isso é muito perigoso. A Justiça tem um tempo próprio e os princípios da presunção de inocência e da ampla defesa têm que ser respeitados”, afirmou o governador.
No caso das citações de Silval ao seu nome, Taques comentou o episódio da reunião durante a campanha ao governo em que, com a presença de Blairo Maggi e Mauro Mendes, teria sido fechado um acordo.
“Não há crime em um senador da República se encontrar com outro senador, um prefeito e o governador do Estado. Disse ao Silval que não iria prejudicar inimigos, nem favorecer amigos. Agora, afirmar que eu amaciei é uma mentira”, declarou.
