Cidades

Pedro Taques deixará o 13º salário de 2018 para Mauro Mendes pagar

2 minutos de leitura
Pedro Taques deixará o 13º salário de 2018 para Mauro Mendes pagar
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Sem dinheiro em caixa, o governo de Mato Grosso pagará o 13º salário de 2018 dos aniversariantes de novembro e dezembro e dos servidores comissionados somente no próximo ano. O secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Rodolpho Gonçalves, informou que faltam cerca de R$ 120 milhões a serem pagos, que serão contabilizados como dívidas no fechamento do balaço do governo, para serem quitadas pelo próximo governador, Mauro Mendes (DEM).

“Lamentamos muito essa situação. Não desejamos que isso acontecesse. Fizemos uma gestão política e todo o esforço para pagar o que faltava do 13º, mas não foi possível”, afirmou Ciro ao LIVRE, nesta quinta-feira (27). “Pagamos os aniversariantes de 10 meses do ano. Cerca de 20% dos servidores ficaram sem receber. Nós fazemos o pagamento dessa forma, todos os meses, justamente para evitar uma situação mais complicada no fim do ano”, comentou.

O governo atual também não deixará dinheiro em caixa para pagar os salários de dezembro, que devem ser quitados com a arrecadação que entrará no cofre estadual nos primeiros 10 dias de janeiro. Ciro afirmou que todas as dívidas estarão listadas de forma clara no balanço do fim do governo. “Ficará tudo devidamente demonstrada para o próximo governador, Mauro Mendes”, disse.

Da mesma forma, os cerca de R$ 400 milhões do Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações (FEX) 2018, que não foram pagos pelo governo federal, devem entrar no balanço como “recebíveis”, como forma de provar que o Estado tem lastro financeiro para pagar os salários. A intenção de fazer esse ajuste contábil já havia sido anunciada por Ciro em outubro. O governo Pedro Taques (PSDB) contava com esse dinheiro para terminar de pagar o 13º.

“Infelizmente, não há mais chance de recebermos o FEX. Havia uma previsão de Michel Temer (MDB) vir a Cuiabá no fim do ano, e seria uma oportunidade para cercarmos o presidente e cobrar o recurso. Como ele não vem mais, entendemos que o pagamento não será feito”, disse o secretário.

Ele destacou que o recurso do FEX não seria usado apenas para pagar contas do governo, pois 25% do valor iria para os 141 municípios. Ciro afirmou, ainda, que as dívidas com as “áreas sensíveis” já foram equalizadas, o que envolve segurança pública, viaturas e alimentação dos presos.

“Trabalhamos o fluxo de caixa o ano inteiro. No ano passado, teve rescaldo do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação) para ser equalizado com o pagamento do FEX. Neste ano, foi o 13º que ficou na expectativa”, observou, lembrando da polêmica retenção do Fundeb realizada em 2017, que levou, inclusive, à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes