Cidades

Pátio da Semob cobra diária 60% mais cara que o valor de mercado

CPI que investiga indícios de irregularidade no contrato da Rodando Legal usou como referência o valor cobrado no aeroporto

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Pátio da Semob cobra diária 60% mais cara que o valor de mercado
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre )

Cuiabanos que têm o carro apreendido por fiscais de trânsito podem estar pagando um preço bem acima do mercado pelos dias em que o veículo passa estacionado no pátio da Rodando Legal, empresa contratada pela Semob para atuar na fiscalização de trânsito da Capital mato-grossense.

Uma estimativa feita por membros da CPI dos Contratos, em andamento da Câmara dos Vereadores, indica que a diferença de preços está na casa dos 60%, mesmo considerando os alugueis de vaga mais caros, como em aeroporto. 

“Eu deixei um carro no estacionamento do aeroporto Marechal Rondon por dois dias e paguei R$ 90 ao final. Se o mesmo carro estivesse sido apreendido e levado para o pátio da Rodando Legal, o preço seria de R$ 150, quase três vezes mais”, disse o vereador Chico 2000 (PL). 

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Ele preside a comissão que pretende analisar todos os contratos assinados pela Prefeitura de Cuiabá desde 2013. As oitivas foram abertas nessa terça-feira (31) com o depoimento do gestor de contrato na Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), Michel Diniz de Paula. 

O servidor é responsável pelo acompanhamento da empresa Rodando Legal, contratada em 2018 pela Semob, para serviços de fiscalização e apreensão de veículos e a realização de leilões. 

A empresa teria uma série de irregularidades na prestação de serviços. O caso dos preços cobrados dos donos de veículos, a tabela utilizada teria taxas até 60% mais caras. O exemplo citado pela comissão mostra que a cobrança do Rodando Legal está em R$ 75 enquanto no aeroporto, R$ 45.  

A audiência de ontem foi aberta com o depoimento de um servidor público que fora preso como receptador de roubo. O motivo da prisão foi uma motocicleta comprada por ele em leilão realizado pela Rodando Legal que realmente havia sido roubada e estava no catálogo de bens estacionados no pátio da empresa. 

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