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Passando por “quilombos invisíveis”, cortejo exaltará história da população negra em Cuiabá

Rota será da Igreja do Rosário ao Misc, passando pela Praça da Mãe Preta, Praça da Mandioca e Beco do Candeeiro

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Passando por “quilombos invisíveis”, cortejo exaltará história da população negra em Cuiabá
Registro de cortejo à ocasião da Lavagem das Escadarias de São Benedito (foto de Junior Silgueiro)

Neste sábado (30.11), será realizado o ‘Kizomba na Rota da Ancestralidade’ com o objetivo de resgatar a história, relembrar as raízes e acima de tudo refletir sobre as origens do povo negro em Cuiabá. O evento contará com um cortejo afro pelo centro da Capital, ciclo de palestras e debates, rodas de capoeira e sarau.

O Kizomba iniciará com um Cortejo Afro, com a concentração e saída da Igreja do Rosário, passando pela Praça da Mãe Preta, Praça da Mandioca, Beco do Candeeiro e terminando no MISC (Museu da Imagem e do Som de Cuiabá).

Conforme Cristovão Luiz, coordenador do Misc, o centro de Cuiabá é recheado de história sobre a luta do povo negro em Mato Grosso. Segundo ele, um dos objetivos do cortejo é visitar antigos quilombos e também os “quilombos invisíveis” da Capital.

Cristovão reverencia o santo negro, São Benedito (Foto de Junior Silgueiro)

“Documentos apontam que o cortejo de São Benedito era realizado antes de 1816. Mas, tem muito mais história por ali, desde locais os onde escravos conseguiam comprar a alforria até locais de culto e adoração”.

De acordo com o coordenador, esses lugares são simbólicos e conectam a cidade com toda a história do povo negro. ”Eles têm a importância de reconectar com essa simbologia que é a ancestralidade. Lugares que foram quilombos no passado, mas que hoje funcionam como quilombos invisíveis nos ligando ao passado, nos mostrando descendentes de escravos residindo em situações de abandono social e ao mesmo tempo o descaso com a história do povo negro”.

Segundo Cristovão, o Kizomba é, principalmente, uma grande provocação. “A influência do negro está sobre tudo e vai muito além, mas cadê essa mão preta, na arquitetura e urbanismo do centro? Como ela é representada? Como ela está nos dias atuais?!”

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Mato Grosso, é parceiro do projeto e conduzirá o cortejo.

 

(Com assessoria)

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