O período de dezembro a fevereiro não é uma boa época para dar à luz. Pelo menos assim é como pensa uma parcela de gestantes que agenda cesarianas para evitar o parto entre esses meses.
Os profissionais médicos, porém, alertam para os riscos que envolvem esses procedimentos, considerados desnecessários.
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Segundo os médicos Quando não há indicação clínica, a intervenção cirúrgica aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido.
Para a mãe, o caso é ainda mais grave: o risco de morte triplica.
Por esses motivos, a indicação médica é de que o parto seja normal, salvo as exceções.
Para evitar as cesarianas desnecessárias, a Unimed Cuiabá criou o Programa Parto Adequado (PPA), que orienta sobre os riscos.
“O programa busca o acolhimento, diálogo e proteção à mãe e ao bebê e, com isso, a redução de partos cesáreos desnecessários e fora do ciclo do bebê”, explicou Fernanda Monteiro de Paula Siqueira, que coordena o PPA.
As preocupações das gestantes variam entre a disponibilidade de médicos, fluxo do trânsito e ajuda de parentes no período de festas e feriados prolongados.
Parto normal: melhor opção
Segundo os médicos, a passagem pelo canal vaginal na hora do nascimento, coloca o bebê em contato com bactérias naturalmente presente na mulher.
A relação fortalece o sistema imunológico da criança e previne o surgimento de alergias no futuro.
O parto normal também é indicado por doulas – uma assistente de parto que acompanha a gestante durante o período da gravidez até os primeiros meses após o parto, com foco no bem-estar da mulher.
Em Cuiabá, uma rede de apoio ao parto normal também alerta as gestantes.
“Lutamos para que mulheres tenham acesso à informação e não tenham medo de passar por essa experiência que, quando bem acompanhada e apoiada, proporciona lindas recordações”, afirmou a enfermeira obstetra e doula, Joziane Seidel.
(Com Assessoria)