O deputado federal José Medeiros (PL) diz que os partidos em Mato Grosso cometeram um erro ao não preparar candidaturas próprias ao governo. O baixo rating de competitividade teria deixado todos os grupos políticos nas mãos do governador Mauro Mendes (União Brasil) e a depender da decisão exclusiva dele o encaminhamento das articulações para as campanhas.
“Os partidos estão todos nas mãos do governador por mérito dele. Agora, eles têm que arcar com isso, a política só tem escolha e consequência. Podemos até ficar lambendo as feridas, mas por culpa nossa”, afirmou.
Ele inclui o próprio Partido Liberal (PL) no rol dos grupos que, a uma semana do fim para o prazo das convenções partidárias, estão em situação de incerteza e podem perder espaço no palanque da base de Mauro Mendes na última hora.
Alternativa remota
Medeiros diz ver a candidatura pela reeleição do senador Wellington Fagundes como a principal prejudicada. A avaliação o levou a expor para o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e o presidente Jair Bolsonaro, a dificuldades de emplacar tanto campanhas quanto candidatos do partido.
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Surgiu, então, a hipótese de um grupo alternativo para concorrer contra o União Brasil, tendo respaldo de Bolsonaro. Porém, a construção e a consolidação das candidaturas são vistas como hipóteses remotas, a essa altura do calendário eleitoral.
“Se não surgir um candidato de última hora, como aconteceu em 2002 e o Blairo Maggi levou [a eleição ao governo], Mauro Mendes está praticamente com a mão na taça”, disse.
Medeiros diz que o governador Mauro Mendes fez o dever de casa e conseguiu anular as candidaturas potenciais que poderiam concorrer contra ele, se apoiando em uma postura “agressiva”.