Cidades

Paralisação nacional: em Sinop, professores fazem ato em frete à prefeitura

3 minutos de leitura
Paralisação nacional: em Sinop, professores fazem ato em frete à prefeitura

Profissionais da educação de Sinop (500 Km de Cuiabá) realizaram uma manifestação pacífica em frente à Prefeitura, na manhã dessa quarta-feira (24), em adesão ao movimento nacional que marca a 20ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. Ao todo, cerca de 100 pessoas protestaram também contra as reformas previstas pelo Governo Federal, como a da Previdência.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação (Sintep) de Sinop, Maria Aparecida Lopes, o movimento quer alertar a categoria sobre o agravo do sucateamento do sistema educacional. “O que mais interessa para nós é não fazer o trabalho nas escolas hoje para que essa paralisação seja uma advertência ao poder público, demostrando que não estamos satisfeitos”, declarou.

A presidente afirmou ainda que, se as pautas requeridas pelos profissionais não forem atendidas, poderão culminar em uma greve nacional e por tempo indeterminado. No caso do governo de Mato Grosso, a categoria cobra, principalmente, o repasse do Reajuste Geral Anual (RGA). Também há queixas contra a administração do município.

“A gestão municipal está desmontando nosso plano de carreira juntamente com uma comissão ilegítima que não foi eleita pela categoria, e sem passar por debates com os trabalhadores. Querem colocar algo irresponsável e ilegal, tirando representantes legais e colocando representantes de dentro das secretarias”, acusou.

Desvalorização

Durante o ato, com um discurso forte, João Sanches, que é professor adjunto do curso de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), declarou que as mudanças impostas pelo Governo Federal representam perdas extremas para a educação no país.

“O salário do professor no Brasil já não se equipara com os dos profissionais com a mesma qualificação. Essas reformas não nos ajudam a manter uma profissão tão desvalorizada. Essa situação pode gerar um abismos educacional, com ausência de professores”, alertou.

Já a professora Adriana Arza, se disse triste por ter que abandonar a sala de aula para realizar paralisações. “Além da retirada de todos os direitos que nós demoramos a conquistar, a reforma está causando perdas, em especial, para a nossa valorização profissional. Nós estamos sendo escravizados com essas reformas. Isso vai prejudicar a qualidade da educação”, argumentou.

Já a professora Maria Ivonete de Souza, aposentada da Unemat disse que o governo vem tratando “quem aposentou como um problema” e não uma conquista do trabalhador. “Estão querendo afirmar que nós somos um problema para o Brasil, mas não somos esse problema”, reclamou.

Outro lado

Sobre o movimento realizado na frente da Prefeitura de Sinop, a assessoria da administração municipal informou, por meio de nota, que respeita toda e qualquer manifestação de ordem pacífica, especificamente quando se trata de uma ação de manifesto nacional.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes