Quando era presidente dos EUA, Bill Clinton pediu emprestado à NASA uma pedra trazidas da lua. Sua ideia era deixar o objeto visível para relativizar o tempo e os problemas durante o tempo em que esteve no poder. Em entrevista ao programa StarTalk, do National Geographic Channel, ele disse que, sempre que estava diante de um conflito, usava a famosa pedra lunar.

“Você está vendo aquelas pedras?”, dizia para líderes mundiais ou membros da oposição do seu governo. “Elas têm 3,6 bilhões de anos. Nós estamos apenas passando por aqui e não temos muito tempo. Então, vamos nos acalmar e descobrir o melhor a fazer”.

Segundo ele, o resultado era positivo: “Funcionava todas as vezes. Eles olhavam para um objeto que existiu em um tempo que eles só podiam imaginar. Era o suficiente para abrirem a mente e o espírito para resolver um problema”.

Há tempos conheço essa história do Bill Clinton. Há tempos tento imitar a ideia de usar algum objeto para relativizar os problemas e me fazer lembrar do que é importante na vida.

No meu caso, não tenho acesso às pedras da lua, mas consigo me ater às coisas do mar. Adoro conchas. Sempre que posso, tenho em algum canto da casa esses objetos que me mostram o que é essencial.

Primeiro, porque me remetem a um lugar que só me traz boas lembranças. De criança, passando pela adolescência e, agora, na vida adulta estar perto do mar sempre me trouxe paz. O barulho das ondas, o simples ato de andar na areia ou o pôr-do-sol na praia me relaxam mais do que muitas noites de sono. É como se o tempo parasse e fosse tomada pela sensação de tranquilidade que tanto almejo.

Mas o que mais me encanta nas conchas é que me dão a ideia da dimensão da natureza. Conchas são formadas e aparecem na beira do mar para embelezar a paisagem, independente de nossos problemas. Elas são imunes às intempéries de nossa alma.

Não importa o tamanho do meu problema. As conchas continuam seu ciclo na natureza. Diante da grandeza do universo, meus conflitos são apenas uma parte ínfima do turbilhão de conflitos da espécie humana.

Conchas me mostram que a vida segue implacável, independente das minhas tormentas. E me lembram, todos os dias, que, se tudo der errado, eu sempre posso correr para perto do mar.

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