A pandemia de coronavírus e o pânico por causa da doença refletiu no aumento da venda de remédios. É o que aponta uma pesquisa feita pela consultoria IQVIA. Em Mato Grosso, o crescimento no consumo de alguns medicamentos – entre eles a cloroquina – foi superior a 50%.
A pesquisa leva em consideração o consumo nos três primeiros meses deste ano. O aumento percentual é calculado em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o levantamento, foi constatado aumento de 77% nas vendas de paracetamol e 54,5% nas vendas da dipirona.
Os riscos, entretanto, devem ser observados mesmo no caso dos medicamentos isentos da prescrição médica.
“Os analgésicos por exemplo, costumam ser usados para aliviar dores de cabeça ou dores no corpo, porém, podem apresentar efeitos colaterais e colocar a vida da pessoa em risco”, afirma o presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-MT), Iberê Ferreira da Silva Júnior.
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A orientação do órgão é para que a população não faça uso de medicamentos indicados por outras pessoas, como amigos, vizinhos e parentes.
Motivos para o aumento
A pesquisa atribuiu à circulação de fake news a principal causa para o aumento nas vendas. A influência das notícias faltas resultou, por exemplo, no aumento de 134,34% nas vendas vitamina C.
O crescimento foi notado entre janeiro e março deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Os números apontam também para o crescimento no consumo da hidroxicloroquina sulfato (103,19%).
A única queda foi registrada nas vendas de Ibuprofeno. O medicamento foi relacionado ao agravamento de casos da covid-19.