Bruna Marques de Almeida tem 12 anos e foi diagnosticada com microcefalia ainda na primeira infância. É desde essa época que os pais dela tentam matricular a filha na escola pública. A resposta, contudo, é sempre não.
A justificativa é ausência de um profissional específico que cuide da menina, como a legislação prevê.
A família mora na comunidade Estirão Comprido, que fica em Barão de Melgaço (121 km de Cuiabá). Marcelo Alvarenga de Almeida e Severina Marques da Silva Luz, pais de Bruna, foram atendidos no projeto Ribeirinho Cidadão e pediram ajuda à Justiça.
Sem saber ler ou escrever, os pais de Bruna desejam que ela alcance todo o potencial possível dentro das limitações impostas pela microcefalia.
Eles também acreditam que a escola seja o ambiente ideal para que ela seja estimulada tanto intelectualmente como socialmente, ao conviver com outras crianças e fazer novos amigos.
Um ofício foi encaminhado ao Conselho Tutelar de Barão de Melgaço cobrando informações e apontando a falha no acesso à educação.
Caso as secretarias de educação (em âmbito municipal e estadual) não adotarem medidas administrativas para garantir o direito de Bruna, uma ação judicial deve ser iniciada.
(Com Assessoria)