Você deve ter assistido o filme ou conhece alguns fatos a respeito de Esparta, a lendária e histórica cidade da Grécia.
De qualquer modo, me atrevo a resumir um pouco desta incrível história.
Em 480 a.C. o rei espartano Leônidas recebeu um ultimatum do rei persa Xerxes:
– “Eu quero sua água e sua terra”, simbolizando sua submissão.
Como bom espartano, ele matou o emissário do rei persa e se preparou para o inevitável.
Os persas somavam algo perto de 300 mil guerreiros contra os parcos sete mil soldados de Esparta.
Opa, peraí! E os famosos 300 de Esparta?!?
Calma, chegarei a eles.
Estrategista, o rei Leônidas dividiu suas forças e foi com 300 espartanos (pronto, estão aqui!) para o passo das Termópilas. Um lugar estreito, de fácil defesa e quase impossível ataque.
A bem da verdade, marcharam junto com ele mais uns 1.500 homens, entre tebanos, téspios e outros soldados.
O emissário do rei Xerxes havia prevenido Leônidas da força do exército de seu senhor, que quando marchavam “faziam os chãos tremerem” – e que “a chuva de flechas lançadas pelos seus arqueiros fazia com que os céus escurecessem”.
Ao que Leônidas retrucou com a célebre frase: “Melhor, combateremos à sombra!”.
Bom, veio a guerra, a traição de um tal de Efialtes, muitas mortes, sangue derramado e… Xerxes ganhou a disputa. Fim.
O nosso estreito de Termópilas
Hoje, 2020, dois mil e quinhentos anos depois, temos na rampa do Planalto o nosso estreito de Termópilas.
Um rubro exército de mercenários elegantes liderados por falsos reis desejam a todo custo subir os 36 metros desta rampa para alcançar o cobiçado trono que comanda a vida e a morte de mais de 210 milhões de almas.
Eu vejo uma minoria histriônica querer comandar um gigante com milhões de corações. São grupos escolhidos a dedo por uma elite podre (que se acredita dona do poder) e são agraciados com milhares de reais para levantar suas bandeiras de fobias e “ismos” de toda espécie.
Eu vejo a mídia mainstream vomitar suas verdades mentirosas a um povo pouco instruído e carente de desejos.
Desejos estes de paz, de ordem e progresso, de harmonia, de família reunida em torno de uma mesa repartindo uma comida, não necessariamente glamourosa, mas honesta e farta.
Eu vejo politiqueiros eleitos sabe-se lá de que maneira, e togados impostos à socapa subvertendo as Leis, a Ordem e a vontade popular a seu bel prazer. Transformando o Bem-Comum no Bem-Que-Quero-Mais.
Eu vejo o abandono de valores morais, o repúdio à vida, o desprezo à família, o descaso com a Educação, com a Cultura, com o sentimento de amor à Pátria.
Eu vejo uma maioria silente.
Uma maioria que deseja o Bem, mas ainda tem medo de encarar os gritos minoristas, as caras-feias, as ameaças rasas. Essas mesmas minorias que durante mais de três décadas construíram seus bunkers, camuflaram seus objetivos e se enraizaram no Poder.
Eu quero ver uma maioria que lute em Paz pelos seus direitos, que honre seus Deveres. E como no hino esquecido “não fuja à luta”. Seja ela qual for.
Eu quero uma maioria lutando pelo direito de seus filhos e netos. Sem preconceitos, sem bandeirolas imbecis, sem “ismos” idiotas, sem o crivo do politicamente correto.
Eu quero uma maioria que possa rir de piadas. Ser alvo de chacotas. E rir de si mesmo.
Meu pai, homônimo do rei espartano, se vivo fosse, gritaria a plenos pulmões:
“Esta terra é minha! É verde! É Brasil! É nosso! É do povo! Vão ao raio-que-os-parta”.