Ednilson Aguiar/O Livre
O jornalista Augusto Nunes e o secretário Leandro Carvalho
O secretário de Estado de Cultura, Leandro Carvalho, reconhece que mais da metade dos músicos da Orquestra do Estado de Mato Grosso (OEMT) não reside no Estado. Ele diz que, devido à diminuição dos recursos e de falta de correção relativa à inflação, a verba de R$ 1,6 milhão por ano se tornou insuficiente para manter uma folha de pagamento contínua. O secretário é o entrevistado do programa O Livre, que foi ao ar nesta terça-feira (11) na Band Mato Grosso.
Leandro Carvalho disse, contudo, que os músicos vêm a Mato Grosso regularmente. “Se nós pudéssemos assinar a carteira deles, eles poderiam residir em Mato Grosso, mas nós não temos um orçamento com volume de recursos suficientes para isto”, afirmou. Ele comparou o orçamento anual da OEMT com as orquestras de outros Estados, como a Orquestra Sinfônica de Teresina (R$ 4,5 milhões), Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (R$ 100 milhões) e Filarmônica de Goiás (R$ 8 milhões).
Ao programa, o secretário ainda falou sobre a proporção dos recursos direcionados à OEMT, da qual ele é regente, com relação a outros aparelhos mantidos pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC). De acordo com Carvalho, houve um esforço para equalizar o orçamento destas estruturas.
“Os museus em Mato Grosso tinham valores irrisórios até a nossa gestão. O Museu de Pré-história tinha um contrato de R$ 150 mil por ano, o Cine Teatro tinha um orçamento de R$ 800 mil por ano. Então, o que nós fizemos? Quintuplicamos, sextuplicamos estes valores”, calculou. De acordo com Leandro, atualmente o Cine Teatro Cuiabá tem um orçamento de R$ 2,4 milhões por ano, e os museus passaram para a faixa de R$ 1 milhão a R$ 1,2 milhão, também anuais.
Atualmente, o Fundo Estadual de Cultura, que mantém aparelhos como a Orquestra, o CineTeatro e os museus do Estado, detém 0,3% do orçamento. O percentual deverá chegar a 0,5% em 2019, segundo Leandro Carvalho.