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Opositores tentam minimizar vitórias de Bolsonaro

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Opositores tentam minimizar vitórias de Bolsonaro
(Foto: Ednilson Aguiar / O Livre)

Não é de hoje que estamos vendo Jair Bolsonaro enfrentando uma tempestade de narrativas contra sua imagem e contra seu governo. Mas o que é verdade, e o que é mentira nesse contexto? Será mesmo que Bolsonaro é tão ruim de serviço?

Vamos esclarecer alguns pontos e expor a existência de uma clássica guerra de narrativas, muitas lorotas e distorções causando uma divisão política que tem o objetivo de trazer das profundezas o senhor Luiz Inácio da Silva.

Antes de mais nada, acredito que este artigo será muito útil aos indecisos e, em especial, aos apoiadores do Presidente Bolsonaro, sobretudo os agentes do agronegócio. E podemos cravar que Bolsonaro é bom de serviço e a única via para evitar que interesses internacionais sobreponham aos interesses do Brasil. O momento é de voar economicamente e observar os fatos.

Escrevi, há poucas semanas, sobre a “Bala de prata” que poderia derrubar Bolsonaro no pleito eleitoral deste ano. Naquele artigo, eu registro algumas estratégias da oposição e outras do Governo Bolsonaro e de seus aliados; inclusive cito a perspectiva da redução do ICMS dos Combustíveis e do Gás de Cozinha, que consequentemente traria uma redução real da inflação, caso fosse aprovado o PLP 18/22 pelo Congresso. Um projeto articulado pelo Governo “BolsoGuedes” que iria garantir uma blindagem econômica ao Governo contra a “Bala de prata”. Pois bem, o projeto foi aprovado e sancionado, para desespero dos opositores – e, enquanto escrevo estas linhas, Bolsonaro anuncia a queda de 5,18% no preço médio da gasolina para as distribuidoras. A redução nos índices de inflação para julho deverá trazer números históricos, tendendo a seguir um efeito cascata de pelo menos 3 meses sequenciais: julho, agosto e setembro – os 3 meses que antecedem o primeiro turno das eleições presidenciais. A narrativa de “PLP eleitoreira” não irá colar, e o “lulopetismo” terá muita dificuldade em atrapalhar o avanço do Presidente Bolsonaro. Lógico que a “guerra política” não acabou. Não devemos nos surpreender que em estados governados pelo Petismo e na região nordeste dirão que a redução foi um trabalho dos governadores ou que Bolsonaro tentou impedir a redução, pois para essa turma “vale tudo”.

É como eu disse: a “guerra política” não acabou. Muitas narrativas ainda surgirão. No campo da estratégia política e das pesquisas focais, é fundamental compreender a percepção do eleitorado, porque ela nem sempre reflete a realidade. Se caso o contrário aconteça, isto é, a percepção não refletir a realidade, é possível transfigurá-la de modo desonesto. A análise tem como base a percepção do momento passado, do momento atual e do momento futuro. As narrativas que estão sendo utilizadas para desmontar Bolsonaro buscam incutir um momento passado de glória do PT-PSDB, um momento atual ruim com Bolsonaro e um futuro apocalítico caso Bolsonaro continue no comando do país. O que devemos nos atentar é na distinção do que é verdadeiro e do que é “lorota” (mentiras e narrativas).

Em recente matéria intitulada “Nota de R$ 100 compra hoje o mesmo que 13,91 em 1994”, publicada pelo site Yahoo Finanças, o objetivo central da narrativa está na busca de ligar o Governo Bolsonaro à desvalorização do dinheiro brasileiro. Além disso registrar um saudosismo pelo “passado glorioso”. As matérias com esse mesmo objetivo foram publicadas de forma coordenada por uma infinidade de outros sites pelo país com a mesma intenção; entre elas, destaco uma do G1 com o título “Para ter o mesmo poder de compra da nota de R$ 100 de julho de 1994, o consumidor teria de gastar hoje 748,04”

E qual é o propósito dessa ludibriação midiática? Vender um presente ruim de alta inflação, ligando-o à imagem do atual presidente. Ademais, os objetivos secundários também são claros: fabular um passado de glória como narrativa e atrelá-lo a uma esperança de retorno para combater o suposto fracasso do presente e o medo do futuro.

Para desmontar essa narrativa é preciso verificar qual era o salário-mínimo, a situação da economia mundial, as tecnologias utilizadas, o potencial de produção industrial e agropecuária da época. Um exemplo, qual era o custo de produzir um quilo de carne bovina ou uma saca de soja naqueles tempos? Qual era o potencial de produção da soja por hectare em 1994 e qual é o potencial hoje? Seria possível produzir um veículo, com a tecnologia atual, com o mesmo custo naquela época? A mão de obra era a mesma da mão obra atual? Certamente essa matéria carrega dezenas de perguntas sem respostas. Como podemos comparar 1994 com 2022 sem citar uma Pandemia Global que fechou a população em casa por quase dois anos, causando problemas mundiais na economia, na produção e na indústria? Foi considerado algum destes pontos apresentados neste parágrafo?

Então, 100 reais em 1994 compra o mesmo que 748,04 reais hoje! Pois bem, o salário-mínimo em 1994 era de 70 reais, equivaleria à aproximadamente 524 reais hoje. Logo, o poder de compra praticamente dobrou! Mas uma análise sobre o poder de compra não deve ser feita de forma tão superficial, devendo considerar todos os aspectos políticos, os aspectos tecnológicos, a situação econômica mundial, a crise sanitária e a Guerra no Leste Europeu. Com isso, os comparativos superficiais só servem para criação de narrativas e guerra política. São argumentos vazios para militantes discutirem em redes sociais.

Em coletiva de imprensa, no último dia 14/07, o Ministro Paulo Guedes afirmou: “Países estão vendo crescimento menor. Nós, maior”. O ministro avaliou o cenário econômico e revelou números que já apontam o Brasil como um dos únicos que conseguiu sair da crise mundial até o momento. Guedes lembrou que os maiores problemas mundiais são a crise alimentar e a crise energética, enfatizou que o Brasil é a solução para o mundo e ainda que a expectativa para a taxa de inflação no Brasil (IPCA) diminuiu de 7,9% para 7,2% em 2022. A perspectiva de crescimento tem sido cada vez mais ascendente.

Um dos principais fatores que coloca o Brasil em situação de vantagem sobre o resto do mundo tem relação com as reformas e as medidas econômicas que antecederam a crise do COVID-19 associadas à diminuição de gastos com a máquina pública. Ademais, novos ganhos de receita não são materializados em novas despesas ou despesas maiores, o que de fato tem causado efeito decrescente na dívida pública brasileira, gerando credibilidade perante ao mercado mundial.

Ao reduzir o ICMS, energia e combustíveis ficaram mais baratos, na sequência, praticamente todos os outros produtos terão redução nos preços, pois tudo depende de energia e de combustível, praticamente tudo necessita do transporte rodoviário. Mas por estarmos experimentando a queda na inflação, a queda no ICMS de combustível e ainda tendo previsões de queda na taxa de inflação ainda maiores para os próximos meses, o desespero da turma que torce contra o Brasil trará uma reinvenção de narrativas contra o Governo. Soco abaixo da cintura é o mínimo que veremos. Afinal, se os opositores não têm mais o poder para destruir a economia, tentarão fazer com que as pessoas acreditem que todo o sistema econômico está colapsado no presente e em perigo no futuro, pois o que importa não é a realidade, e sim a percepção.

Manoel Carlos

Auditor político e pesquisador focal

manoel.cuiaba@gmail.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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