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Oposição endurece discurso contra Taques: “absolutista e dono da verdade”

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Oposição endurece discurso contra Taques: “absolutista e dono da verdade”

Ednilson Aguiar/O Livre

Wellington Fagundes, Carlos Bezerra

Wellington Fagundes e Carlos Bezerra não economizaram críticas ao governo

Os líderes da oposição ao governo Pedro Taques (PSDB) resolveram endurecer o discurso. Em reunião nesta segunda-feira (13), o grupo não poupou críticas à gestão tucana, que foi chamada de “absolutista”, “dona da verdade”, e “refratária”.

“Na democracia, não pode existir absolutismo. O absolutismo é ruim para quem governa e é ruim para o povo. Porque o absolutismo vira um governo dono da verdade. É o que aconteceu nos últimos dois anos com o atual governo”, disparou o senador Wellington Fagundes, presidente do PR em Mato Grosso.

O senador afirma que tem tentado ajudar o governo como parlamentar, porém, não tem sido bem recebido. “Estamos tentando ajudar o governo, independente de cor partidária, mas o governo tem sido um pouco refratário com a oposição. Tentamos ajudar o governo de todas as formas possíveis, mas é um governo que não reconhece quem quer ajudar”, disse.

O dirigente estadual do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra, também criticou a falta de diálogo. “A interlocução com o governo do estado é precaríssima”, afirmou. O peemedebista reclamou também da exclusão de políticos dos quadros do primeiro escalão do governo durante metade do mandato. “O despreparo político é incomensurável neste estado. Há uma abominação da política. A política é uma ciência. É a melhor forma de governar. Aqui botaram técnicos e abominaram os políticos. Se inverteu a roda”, declarou.

Para o presidente regional do PP, o deputado federal Ezequiel Fonseca, recém-chegado na oposição, destacou o papel dos opositores no governo. “Se não tiver uma oposição firme, o governador fica na dele, porque ele acha que ele sabe tudo. Então não é assim. Tanto é que, anos atrás, dissemos que o governo precisa de técnicos e políticos, e ele botou só técnicos. Depois de dois anos, ele veio reconhecer que errou. Eu o parabenizo por isso porque quem insiste no erro é burro, mas quem revê conceitos merece parabéns”, afirmou.

Ezequiel usou o que chamou de fracasso de Taques para justificar a mudança de lado do PP. “Entendemos que Mato Grosso precisa de uma construção nova. O que está colocado foi ruim. Estamos começando uma nova construção. Hoje o PP enxerga que o projeto do Pedro Taques fracassou. A tendência hoje é que nós não estejamos com Taques em 2018”, explicou.

O bloco já trabalha com três nomes para a disputa de governo: o senador Wellington Fagundes (PR), o secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller (PP), e o conselheiro Antonio Joaquim, que deve deixar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) no final deste ano e se filiar ao PMDB.

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