Criminosos alvos da Operação Teseu usavam uma empresa de fachada para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e munições entre o Brasil e a Bolívia. Conforme a Polícia Federal, as investigações identificaram que ao menos dois suspeitos movimentaram milhões de reais durante dois anos.
Somente uma pessoa investigada teria movimentado R$ 9 milhões nesse tempo. A quantia seria cerca de um terço do que todos os supostos membros teriam movimentado. A apuração da PF aponta para R$ 26 milhões.
“Partindo para o modus operandi, chama muito a atenção a forma [de movimentação de dinheiro], pela rápida pulverização dos valores. Ainda há transações a crédito em espécie”, disse o delegado responsável pela Teseu, Murilo de Oliveira Freitas.
Ao todo, 49 pessoas, incluindo presos e seus familiares, são alvos de 23 mandados de prisão e busca e apreensão da operação deflagrada hoje (29) em Mato Grosso e outros sete Estados. Todas estão indiciadas e deverão ter bens bloqueados.
A organização criminosa foi descoberta em agosto do ano passado, quando um suposto membro foi preso por transporte de drogas da Bolívia para o Nordeste do Brasil. A Polícia Federal diz que o tráfico era feito usando camuflagem, como carga de ração para animal.
Durante o cumprimento dos mandados mais cedo, foram encontrados máquina de contar cédula de dinheiro, dezenas de notas de R$ 50 e R$ 100, cuja soma ainda não foi divulgada.
(Texto atualizado às 12h35 para acréscimo de informação)