Vereador por Sinop (500 km de Cuiabá) e um dos alvos da Operação Terra Envenenada 2, Toninho Bernardes (PL) é suspeito de armazenar e distribuir agrotóxico contrabandeado no Norte de Mato Grosso.
Ele é uma das sete pessoas presas pela Polícia Federal nesta quarta-feira (4).
Segundo o delegado Rodrigo Martins, as suspeitas que pesam contra Toninho ainda serão investigadas. Se confirmadas, ele pode responder pelos crimes de contrabando, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além do vereador, outras seis pessoas – na maioria empresários da região – foram presas em Sinop na manhã de hoje.
LEIA TAMBÉM
- Operação Terra Envenenada: vereador é preso por suposta participação em esquema
- PF deflagra operação contra comercialização de agrotóxicos importados ilegalmente
- Contrabando de defensivos agrícolas no Brasil: onde mora o perigo?
A Polícia Federal também cumpriu 15 mandados de busca e apreensão tendo encontrado dinheiro em espécie (um valor ainda não contabilizado), armas sem registro e, pelo menos, três caminhonetes carregadas com o produto do contrabando.
Os agrotóxicos, segundo a Polícia, vinham do Paraguai e até da China. Eram transportados para Mato Grosso em veículos de passeio, mas também há registros de caminhões carregados.
Para burlar a fiscalização, o grupo criminoso utilizava “batedores”, ou seja, um carro de suporte que fazia o caminho à frente da carga ilegal e avisava sobre possíveis barreiras na estrada.
O que diz a Câmara de Sinop?
Em nota à imprensa, a Câmara Municipal de Sinop confirmou o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no gabinete do vereador e reiterou que o intuito da operação não é relacionado às atividades exercidas por Toninho Bernardes enquanto vereador.
O que diz Toninho Bernardes?
A assessoria do vereador também confirmou o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão. Argumentou que o processo está em segredo de Justiça e não há mais o que possa ser comentado.
(Colaborou Anderson de Oliveira, de Sinop)