A 2ª Câmara Criminal de Cuiabá negou o habeas corpus de denunciados da Operação Renegados, realizada pelo Grupo de Atuação Especial contra Organizado (Gaeco). De acordo com as investigações, os supostos envolvidos integrariam uma organização criminosa que utilizava o aparato oficial da polícia para cometer crimes de concussão, corrupção, roubo e tráfico.
Dentre os investigados estão policiais civis e militares, além de ex-policiais.
O primeiro pedido negado foi o do ex-policial civil E.S.C. A defesa tentou reverter a prisão preventiva para a adoção de medidas cautelares. Porém, o pedido não foi acatado pela Justiça.
“Demonstrada a necessidade de resguardar-se a ordem pública, torna-se incabível a substituição da segregação por medidas cautelares”, frisa a decisão judicial.
A outra negativa foi para D.D.M.R, chefe de operação da Polícia Civil apontado como líder da organização criminosa, com a mesma argumentação quanto a necessidade de manutenção da prisão.
D.C.B.S. também entrou com o pedido de liberdade, mas não conseguiu a liberação. O suspeito é um dos investigados da operação e já havia sido detido anteriormente por se passar por policial civil.
Na argumentação para tentar revogar a prisão preventiva, D. alegou ser pai de uma criança de 12 anos, por isso, pleiteava a prisão domiciliar.
Entretanto, conforme a 2ª Vara Criminal da Capital, não foi comprovada a imprescindibilidade de D. no cuidado do filho.
Os acórdãos foram publicados no Diário de Justiça Eletrônico de sexta-feira (13).