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Operação Chapéu de Palha: organização tinha cinco núcleos em MT

Três empresas, funcionários, servidores públicos e até familiares dos acusados participavam do grupo que fraudava licitações para desviar dinheiro

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Operação Chapéu de Palha: organização tinha cinco núcleos em MT

O desvio de dinheiro com a suposta participação de deputados estaduais em Mato Grosso – alvo da Operação Chapéu de Palha, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (9) –  era realizado através de cinco núcleos de operação e envolvia também empresas, servidores públicos, familiares e laranjas, pessoas que serviriam como despiste das fraudes. 

A afirmação, assim como a descrição de como o grupo era organizado, está em documento de investigação do Ministério Público Federal (MPF). Os crimes ocorreriam na etapa de licitação de empresas para a execução de obras públicas.

A ordem de vencimento dos certames seria coordenada pela Construtora Pirâmide, que teria acordo com as empresas Ivaldo Rocha de Freitas & Cia Ltda e UP Projetos e Construções Ltda. Elas revezariam entre si os contratos. 

Os crimes identificados na investigação remontam a 2013. As empresas participavam das concorrências públicas na região Sul de Mato Grosso, conforme a denúncia.  

Na Operação Chapéu de Palha foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 11 municípios – Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Alto Taquari, Itiquira, Juscimeira, Jaciara, São Pedro da Cipa, Dom Aquino, Alta Floresta, em Mato Grosso, e Votuporanga, em São Paulo. 

A Controladoria Geral da União (CGU) identificou indícios de 439 transações suspeitas realizadas pelo empresário Paulo Rocha dos Santos, vinculado à Construtora Pirâmide, e prejuízo de R$ 155,9 mil. 

Organização dos crimes 

O esquema era distribuído em núcleos de coordenação, gerenciamento, operação, acessório e execução. A coordenadoria seria composta por um engenheiro da Construtora Pirâmide e os pais dele. 

A parte operacional seria o grupo dos proprietários das empresas envolvidas no esquema, que mantinham contato com as prefeituras contratantes.  

Os agentes públicos teriam entrado no esquema via os grupos de acessórios e execução. No primeiro, estariam assessores de deputados estaduais que tiveram os gabinetes na Assembleia Legislativa fiscalizado na Operação. 

Os nomes deles aparecem na investigação como destino de várias transações financeiras. 

Outros servidores públicos, em níveis estadual e municipal, fariam parte do núcleo de execução, juntamente com familiares de empresários e outros profissionais integrados ao esquema. 

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